Relatório revela número elevado de imigrantes indocumentados beneficiados pela “anistia silenciosa” da administração Biden-Harris

Um novo relatório do Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes, a ser divulgado nesta quinta-feira, revela que quase 1 milhão de imigrantes ilegais estão permanecendo nos Estados Unidos "indefinidamente" após seus casos serem encerrados ou fechados, ou devido à falha do Departamento de Segurança Interna (DHS) em apresentar a documentação necessária. O relatório, obtido em primeira mão pela Fox News Digital, destaca que, por meio de manobras administrativas tanto no Departamento de Justiça quanto no DHS, a administração Biden-Harris já garantiu que quase 1 milhão de imigrantes ilegais possam permanecer no país sem risco de deportação, e essa tendência não mostra sinais de desaceleração.

Quando imigrantes ilegais são abordados, eles podem ser colocados em procedimentos de remoção, onde eventualmente enfrentarão um juiz de imigração para que seu caso seja decidido. Nos Estados Unidos, existem cerca de 700 juízes de imigração que atualmente enfrentam um acúmulo de milhões de casos, resultado da crise histórica na fronteira. O relatório indica que mais de 700.000 imigrantes ilegais tiveram seus casos de imigração descartados, encerrados ou administrativamente fechados durante a atual administração, permitindo que esses indivíduos permaneçam no país indefinidamente, sem enfrentar consequências imigratórias.

Além disso, o relatório revela que a Execução de Revisão de Imigração (EOIR) do Departamento de Justiça, que supervisiona os tribunais de imigração, relatou mais de 109.000 casos como não adjudicados no ano fiscal de 2023, o que significa que foram concluídos, mas não julgados quanto ao mérito das reivindicações. Também foi mencionado que o DHS falhou em apresentar a documentação necessária para 200.000 casos adicionais, o que implica que a maioria esmagadora desses imigrantes também pode permanecer nos EUA indefinidamente.

O relatório critica a administração Biden-Harris, afirmando que, em vez de adjudicar os casos com base nos méritos das reivindicações de alívio — como se um imigrante tem um pedido de asilo válido e bem-sucedido —, os juízes de imigração foram encarregados de aprovar rapidamente os encerramentos de casos. "Essa espécie de anistia silenciosa se tornou um pilar dos tribunais de imigração da administração Biden-Harris", afirma o documento. A situação se agrava com um memorando emitido pelo DHS em 2022, que orientou os advogados do ICE a promover o fechamento e a dispensa de casos, considerando a enorme quantidade de processos pendentes.

Embora o Departamento de Justiça tenha se recusado a comentar, o DHS ressaltou que 96% dos avisos de comparecimento ao tribunal foram apresentados com sucesso desde janeiro de 2021, e 98% desde o início do ano fiscal de 2023. A administração Biden também enfatizou uma queda acentuada nos encontros na fronteira desde que o presidente Biden assinou uma ordem executiva limitando as entradas nos EUA, com uma redução de 55% nos encontros. Entretanto, a imigração permanece como uma questão central nas eleições de 5 de novembro, com tanto o ex-presidente Donald Trump quanto a vice-presidente Kamala Harris disputando quem seria o melhor candidato para enfrentar a situação na fronteira.

Fonte: Da redação