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Publicado em 18/11/2024 as 9:00am

Trump escolhe "Czar da Fronteira" para rígido controle da imigração no novo mandato

Donald Trump já indicou seu “homem forte” para liderar as políticas de imigração e...

Donald Trump já indicou seu “homem forte” para liderar as políticas de imigração e segurança de fronteira em seu próximo governo: Thomas Homan, ex-diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE). A nomeação foi anunciada no último domingo (8/11), com Trump declarando que Homan, a quem chamou de “czar da fronteira”, será o responsável por todas as deportações de imigrantes em situação irregular. Conhecido pela postura de “tolerância zero”, Homan se destacou durante o primeiro mandato de Trump ao defender medidas rigorosas para dissuadir a imigração ilegal.

De Policial a Diretor do ICE
A carreira de Homan começou como policial em Nova York antes de ingressar no então Serviço de Imigração e Naturalização (INS), predecessor do ICE, em 1984. Ao longo dos anos, Homan ocupou posições de crescente responsabilidade, até ser nomeado diretor interino do ICE em 2017, no primeiro governo de Trump. Sua gestão incluiu a adoção de políticas polêmicas, como a separação de famílias na fronteira, com o objetivo de desencorajar a imigração irregular.

Defensor da Política de Separação Familiar
Homan é amplamente conhecido por seu papel na política de “tolerância zero” que, em 2018, resultou na separação de milhares de crianças de seus pais na fronteira entre EUA e México. Segundo ele, a ameaça de separação familiar serviria como um fator de dissuasão. Embora a medida tenha sido criticada por organizações de direitos humanos, Homan permaneceu firme em sua defesa, argumentando que as separações tinham como objetivo a segurança nacional e a integridade das leis de imigração.

Envolvimento com o Projeto 2025
Após deixar o ICE, Homan continuou ativo no debate sobre imigração, colaborando com a rede Fox News e com a Heritage Foundation, onde contribuiu para o Projeto 2025, que oferece propostas mais rígidas para controle imigratório. Apesar de Trump ter evitado um apoio direto ao projeto durante sua campanha, a influência de Homan no plano de imigração do novo governo é inegável, consolidando-o como um defensor da visão ultraconservadora sobre o tema.

Plano de Deportações em Massa
Em entrevista recente, Homan revelou que o novo mandato de Trump deverá realizar uma das maiores operações de deportação na história dos EUA, com foco inicial em criminosos estrangeiros e ameaças à segurança nacional, seguido de deportações de imigrantes com ordens pendentes. Diferente da abordagem anterior, o plano promete deportar famílias inteiras, evitando separações.

Especialistas, no entanto, questionam a viabilidade da proposta devido ao alto custo, estimado em cerca de US$ 88 bilhões, e aos possíveis impactos econômicos, especialmente em setores como construção civil, agricultura e hotelaria, que dependem da mão de obra imigrante.

A nomeação de Homan reflete o compromisso de Trump em cumprir suas promessas de campanha de controle rigoroso das fronteiras e reafirma uma política imigratória que prioriza a segurança e a ordem, ainda que em meio a polêmicas e desafios logísticos significativos.

Fonte: Da redação

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