Pastor renomado morre após ser atropelado por imigrante indocumentado em Michigan

O pastor Stephen Singleton, de 72 anos, uma figura destacada na região de Detroit, faleceu após ser atropelado por um imigrante indocumentado da Colômbia enquanto fazia sua corrida matinal em 3 de novembro. A tragédia ocorreu em Rochester Hills, subúrbio de Detroit, quando Singleton atravessava uma faixa de pedestres vestindo um colete refletivo.

Segundo comunicado da família no GoFundMe, Singleton foi atingido com tamanha força que foi arremessado no para-brisa do carro, um Ford Focus de 2013, e sofreu múltiplas fraturas, danos cerebrais e orgânicos. Ele foi levado ao hospital, passou por cirurgias e foi mantido em suporte de vida até ser declarado com morte cerebral no dia 8 de novembro.

De acordo com o Escritório do Xerife do Condado de Oakland, o motorista, de 28 anos, estava dirigindo sem licença válida e atravessou o sinal vermelho antes de atingir Singleton. Autoridades confirmaram que o motorista entrou nos Estados Unidos ilegalmente e foi liberado enquanto aguarda uma audiência futura.

Embora possuísse uma carteira de habilitação estrangeira válida – aceita como forma de identificação em Michigan – o caso gerou indignação na família e na comunidade. "Eu tive que assistir meu marido de 53 anos morrer diante de mim. Saber que a pessoa responsável está livre é muito difícil de lidar", disse Teri Singleton, viúva do pastor, em entrevista à FOX 2 Detroit.

Stephen Singleton era conhecido por sua dedicação à comunidade e seu compromisso com o serviço ao próximo. Casado há mais de cinco décadas e pai de uma família numerosa, Singleton era descrito como um homem generoso e apaixonado por ajudar os outros.

Como ministro pastoral da Arquidiocese de Detroit por 52 anos, ele realizou centenas de funerais, muitas vezes oferecendo serviços gratuitos para famílias que não podiam pagar. Singleton também alimentava pessoas em situação de rua, participava de esforços de resgate em desastres e foi voluntário em missões significativas, como a busca por sobreviventes após os ataques de 11 de setembro.

"Ele nunca conheceu um estranho. Via todos como irmãos e irmãs, compartilhando apoio, sabedoria e amor pelo Senhor. Ele dava de si para todos", escreveu a família. Além disso, Singleton era um entusiasta de esportes, participando de maratonas como as de Nova York e Boston e pedalando anualmente 200 milhas em prol da caridade.

Até o momento, nenhuma prisão foi realizada. O caso foi encaminhado ao Escritório do Promotor do Condado de Oakland, que está analisando se o motorista enfrentará acusações.

A família de Singleton está arrecadando fundos para cobrir os custos do funeral e ajudar Teri Singleton, que tem uma deficiência parcial e dependia do marido para cuidados diários. "Além da dor da perda, minha avó agora enfrenta dificuldades financeiras, e precisamos de apoio para honrar o legado dele", afirmou um familiar na campanha de arrecadação.

A tragédia reacendeu debates sobre imigração e segurança pública, enquanto a comunidade de Detroit lamenta a perda de um líder tão dedicado ao bem-estar coletivo.