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Publicado em 19/12/2024 as 10:00am

Equipe de transição de Trump considera ampliar uso de tornozeleiras eletrônicas para imigrantes indocumentados

A equipe de transição do presidente eleito Donald Trump está avaliando uma expansão...

A equipe de transição do presidente eleito Donald Trump está avaliando uma expansão significativa no uso de tornozeleiras eletrônicas com GPS para monitorar imigrantes indocumentados que não estão sob custódia federal, de acordo com informações obtidas pela Fox News Digital. A medida faz parte do plano de Trump de lançar uma operação massiva de deportação ao assumir o cargo.

Fontes próximas às discussões afirmam que a administração entrante priorizará a detenção e deportação de imigrantes indocumentados, além de implementar medidas mais rígidas para impedir novas entradas pela fronteira sul. Com capacidade limitada de detenção pelo ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas), estimada em dezenas de milhares de vagas, o monitoramento tecnológico daqueles que aguardam remoção tornou-se uma alternativa central.

Atualmente, o programa Alternatives to Detention (ATD) monitora cerca de 187.747 imigrantes com o uso de dispositivos como tornozeleiras e pulseiras eletrônicas ou aplicativos de celular que exigem check-ins regulares. Segundo dados do ICE, aproximadamente 25 mil pessoas estão vinculadas a tornozeleiras ou dispositivos semelhantes. O programa geralmente é aplicado a imigrantes recém-chegados em processos judiciais.

A administração Trump busca ampliar o uso desses dispositivos, estendendo o tempo de monitoramento e reduzindo significativamente o número de indocumentados sem supervisão tecnológica. Com a proposta de fechar as entradas na fronteira, os dispositivos poderiam ser redirecionados para imigrantes já presentes no país, garantindo monitoramento mais eficaz.

Defensores do ATD apontam que o programa mantém alta taxa de conformidade e é mais econômico que a detenção – custando cerca de US$ 8 por dia, em comparação aos US$ 150 diários de uma detenção tradicional. No entanto, críticos afirmam que o programa cria "prisões digitais", enquanto setores conservadores defendem o aumento do uso da tecnologia para rastrear e deportar imigrantes com ordens finais de remoção.

Entre as propostas legislativas alinhadas com essa expansão está o Justice for Jocelyn Act, introduzido pelo senador Ted Cruz (R-Texas) e o deputado Troy Nehls (R-Texas). O projeto exige que todos os imigrantes no processo de deportação sejam submetidos a monitoramento contínuo por GPS, impondo um toque de recolher entre 22h e 5h e penalidades severas para descumprimento, incluindo ordens de remoção in absentia.

Com a promessa de uma campanha de deportação em larga escala, espera-se também um aumento na capacidade do ICE. Na última segunda-feira, a GEO Group, contratada exclusiva para fornecimento de tecnologia de monitoramento, anunciou um investimento de US$ 70 milhões para expandir serviços de detenção, transporte seguro e monitoramento eletrônico.

A ampliação do monitoramento por GPS, acompanhada de possíveis novas penalidades por não conformidade, reflete a estratégia do governo Trump de endurecer o controle sobre imigrantes indocumentados enquanto busca reduzir os custos associados ao processo de deportação.

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