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Publicado em 9/01/2025 as 6:00pm

Escolas nos Estados Unidos discutem como reagir a possíveis ações de imigração

Escolas de todo os Estados Unidos estão analisando como agir caso agentes de imigração...

Escolas de todo os Estados Unidos estão analisando como agir caso agentes de imigração apareçam em seus campi, enquanto o presidente eleito Donald Trump se prepara para assumir o cargo, após ter prometido deportar milhões de pessoas durante sua campanha.

Em diversas grandes cidades, sistemas escolares defendem o direito dos estudantes imigrantes de frequentarem as escolas, independentemente de sua situação legal, e afirmam que não irão colaborar com a Agência de Imigração e Alfândega (ICE). Na Califórnia, autoridades ofereceram orientações sobre as leis estaduais que restringem a participação local na aplicação das leis de imigração.

“O cenário atual das políticas de imigração tem gerado muita preocupação, e quero assegurar que alunos, pais, professores e administradores escolares estejam preparados”, afirmou o Procurador-Geral da Califórnia, Rob Bonta. O guia de 54 páginas orienta as escolas sobre as proteções estaduais e federais para os estudantes e os procedimentos a serem seguidos em caso de solicitações de autoridades de imigração, como documentos ou entrevistas com alunos.

Durante o governo de Trump, muitas comunidades discutiram até que ponto as escolas deveriam cooperar com as autoridades de imigração. Algumas, como o sistema escolar de Chicago, tomaram posição contra a aplicação das leis de imigração nas escolas. Embora a ICE e a Patrulha de Fronteira dos EUA tenham regulamentos que desestimulam a prisão de pais ou estudantes em locais sensíveis, como escolas, a retórica de Trump sobre imigração reacendeu o debate sobre a continuidade dessas políticas.

Estima-se que cerca de 733.000 crianças em idade escolar vivam ilegalmente nos EUA, de acordo com o Migration Policy Institute. Muitos educadores estão tomando providências para tranquilizar as famílias imigrantes e garantir que seus filhos sejam bem-vindos e seguros nas escolas.

“Sabemos que o medo e a incerteza, especialmente em relação à possível deportação de membros da família, podem afetar significativamente o bem-estar dos nossos alunos, sua presença e sua capacidade de aprender”, disse uma representante das Escolas Públicas de Des Moines, Iowa. Medidas semelhantes foram adotadas por outras escolas, como as de Chicago e Nova York, que impediram a coleta de informações sobre o status de imigração dos alunos.

Chris Young, diretor da North County Union High School, em Vermont, afirmou que sua escola exige que qualquer autoridade de fora apresente um mandado para acessar os alunos. “Queremos que os estudantes se sintam seguros na escola e saibam que estamos fazendo tudo o que podemos para garantir que as necessidades dos alunos estejam sempre em primeiro lugar”, afirmou Young.

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