Publicado em 14/01/2025 as 7:00am
Brasileiro é incluído na lista de terroristas dos EUA por liderar grupo supremacista branco
Fonte: Da redação
Os Estados Unidos classificaram o coletivo supremacista branco "Terrorgram" como um grupo terrorista, acusado de planejar ataques em escala global. Este coletivo transnacional atua principalmente nas redes sociais e na plataforma de mensagens Telegram.
De acordo com o Departamento de Estado americano, o Terrorgram "promove o supremacismo branco violento, incita ataques contra possíveis adversários e oferece instruções e materiais sobre táticas, métodos e alvos para ataques, incluindo infraestruturas críticas e funcionários do governo, além de glorificar indivíduos que realizaram tais atos".
Na ocasião do anúncio, o Departamento de Estado designou três supostos administradores do Terrorgram como terroristas: um brasileiro, um croata e um sul-africano. Segundo o governo dos EUA, o brasileiro administra um canal do coletivo e reside no Brasil. Muller, residente na África do Sul, também seria administrador, enquanto Licul, que vive na Croácia, é apontado como membro sênior do grupo. "Os três foram designados como líderes do Terrorgram", informou o Departamento de Estado.
Movimento de extrema direita
Esse movimento de extrema direita, originado nos Estados Unidos, utiliza o aplicativo Telegram para se comunicar e disseminar sua ideologia, promovendo o que chamam de "guerra racial". Entre os ataques ou tentativas de ataques ligados ao grupo, conforme apontado pelo governo americano, estão:
. Um tiroteio em outubro de 2022 em um bar frequentado por pessoas LGBTQIA+ em Bratislava, na Eslováquia;
. Um ataque planejado em julho de 2024 contra instalações de energia em Nova Jersey, Estados Unidos;
. Um ataque com faca em agosto de 2024 contra uma mesquita na Turquia.
Em setembro de 2024, dois moderadores do grupo foram presos nos Estados Unidos, acusados de incitar assassinatos com motivação racial, assassinatos de autoridades e sabotagens de infraestrutura. "Os Estados Unidos permanecem profundamente preocupados com a ameaça global representada pelo extremismo violento baseado em raça ou etnia e estão determinados a combater os elementos transnacionais do supremacismo branco violento", afirmou o Departamento em comunicado oficial.