Publicado em 15/01/2025 as 9:00am
Coalizão de imigração do Kansas combate medo de deportação com educação
Fonte: Da redação
A Coalizão de Imigração do Kansas realizou recentemente um fórum para ajudar a aliviar os temores de deportação em meio às incertezas trazidas pela nova administração presidencial. O evento reuniu diversos grupos que defendem os direitos dos imigrantes, promovendo informações e estratégias para fortalecer as comunidades locais.
Esmerelda Tovar-Mora, diretora executiva da organização Hutch in Harmony e beneficiária do programa DACA, compartilhou sua experiência pessoal sobre o impacto das deportações em sua comunidade. “No ano passado, muitas crianças em nossa escola perderam um dos pais para a deportação. É devastador,” afirmou Tovar-Mora, destacando o impacto emocional nas famílias.
Yeni Silva-Renteria, representante do Comitê Internacional de Resgate, ressaltou a importância de que toda a população – e não apenas os imigrantes – compreenda os impactos das políticas de deportação. Segundo ela, as deportações afetam não apenas indivíduos, mas comunidades inteiras no Kansas.
Pesquisas indicam que mais de 80 mil imigrantes indocumentados vivem no estado, desempenhando papéis essenciais na força de trabalho e nas comunidades locais. Apesar disso, o medo de deportações tem provocado desestabilização emocional e social.
Educação para a Proteção dos Direitos
A coalizão enfatizou a importância de empoderar as pessoas com conhecimento sobre seus direitos, especialmente durante interações com as autoridades. Os participantes foram orientados sobre como agir em situações de abordagem policial, com dicas como manter a calma e compreender a diferença entre um mandado judicial e outros documentos.
Representantes do Departamento de Polícia de Wichita também participaram do evento, garantindo que, em geral, a polícia local não verifica o status migratório durante paradas rotineiras, priorizando crimes graves.
A Coalizão de Imigração do Kansas reforçou seu compromisso em fornecer recursos e apoio para proteger as famílias e promover a inclusão. Para Tovar-Mora, educação e solidariedade são ferramentas essenciais na luta contra os impactos das deportações. “Nosso objetivo é garantir que ninguém se sinta sozinho ou desamparado diante desse cenário desafiador,” concluiu.