Publicado em 17/01/2025 as 5:00pm
“Fraudador em série” de Connecticut é sentenciado novamente após prisão no Brasil
Voloshin, ex-residente de New Haven e Woodbridge, foi condenado na última quinta-feira (11) em Hartford a três anos e cinco meses de prisão,
Um fraudador contumaz de Connecticut, John Voloshin, de 69 anos, também conhecido como “Josh Thomas,” foi novamente sentenciado por crimes de fraude e roubo de identidade, conforme comunicado do Procurador dos Estados Unidos para o Distrito de Connecticut.
Voloshin, ex-residente de New Haven e Woodbridge, foi condenado na última quinta-feira (11) em Hartford a três anos e cinco meses de prisão, período já cumprido, além de três anos de liberdade supervisionada. Os primeiros seis meses dessa supervisão deverão ser cumpridos em uma casa de recuperação.
Conforme documentos judiciais, Voloshin possui um histórico extenso de crimes financeiros. Em 2012, ele foi condenado a dois anos e nove meses de prisão por fraudes que causaram prejuízos superiores a US$ 1,5 milhão a indivíduos e instituições financeiras. Após ser liberado em 2014, violou os termos de sua liberdade supervisionada, sendo sentenciado a mais nove meses de prisão.
Entre 2015 e 2017, Voloshin se envolveu em novos esquemas fraudulentos, incluindo a solicitação de investimentos sob falsas promessas de retornos significativos. Foi condenado a mais dois anos e três meses de prisão, além de ser ordenado a pagar US$ 275 mil em restituição.
No entanto, seus crimes continuaram. Entre janeiro e abril de 2019, Voloshin fraudou uma empresa de serviços contábeis em Bloomfield, forjando cheques e desviando mais de US$ 56 mil. Ele criou uma entidade falsa em Wyoming com um nome similar ao da empresa vítima, abriu contas bancárias para depositar os cheques desviados e utilizou os fundos para benefícios próprios.
Em setembro de 2020, um grande júri federal em New Haven o indiciou. Voloshin foi preso em julho de 2021, em São Paulo, Brasil, após cooperação entre autoridades brasileiras e americanas, incluindo a Interpol. Ele permaneceu detido até se declarar culpado em maio de 2024 por fraude bancária e roubo de identidade agravado.
Além da pena de prisão, o juiz determinou que Voloshin restitua integralmente as vítimas. A investigação foi conduzida pelo FBI, com apoio do Departamento de Polícia de Bloomfield, Interpol, autoridades brasileiras e o Departamento de Justiça dos EUA, que coordenou o processo de extradição.
A Procuradora Vanessa Avery destacou o papel crucial da cooperação internacional na captura de Voloshin, encerrando décadas de atividades fraudulentas.