Publicado em 27/01/2025 as 10:00am
Ativistas em Massachusetts avaliam ordem de Trump que acaba com caminhos legais para entrar nos EUA
Após a assinatura de uma ordem executiva pelo presidente Donald Trump para garantir as...
Após a assinatura de uma ordem executiva pelo presidente Donald Trump para garantir as fronteiras dos Estados Unidos, ativistas dos imigrantes em western Massachusetts estão avaliando o impacto do fim dos programas de "parole humanitário". A ordem, assinada no dia 20, encerrou o programa CHNV, que oferecia caminhos legais para pessoas de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela entrarem, viverem e trabalharem nos EUA por até dois anos, especialmente para aqueles fugindo de crises humanitárias como desastres naturais ou conflitos civis.
A decisão afeta um número significativo de pessoas em western Massachusetts, e os ativistas estão tentando entender as implicações completas. Laurie Millman, do Center for New Americans, explicou que ainda não está claro como a ordem será implementada. "Se isso simplesmente acaba com a entrada de novos imigrantes ou se afeta o status das pessoas que já estão aqui — acho que levará alguns dias para os ativistas entenderem totalmente", disse Millman.
O programa CHNV já possibilitou a entrada de mais de 530.000 pessoas desde 2023, com mais de 200.000 vindas do Haiti. Para participar, os candidatos precisavam de um patrocinador nos EUA e passavam por uma checagem de antecedentes. Embora a administração Biden tenha pausado o programa em julho devido a preocupações com fraudes, ele foi reiniciado no final de agosto, emitindo autorizações de viagem para os elegíveis.
Para muitos, as consequências da ordem executiva são imediatas, embora alguns ainda possam tentar outras formas de status imigratório. "Para aqueles que conseguiram aplicar para outro status [de imigração], pode não impactá-los imediatamente, mas parece que eles têm um prazo muito curto", acrescentou Millman.
Apesar da incerteza, Millman expressou um otimismo cauteloso. "Uma das outras coisas que o presidente disse foi que ele não é contra a imigração legal. Então, isso é realmente uma luz de esperança", afirmou. "Isso foi tudo feito legalmente." Os ativistas agora estão trabalhando para entender as implicações dessa ordem executiva, na esperança de encontrar um caminho para os afetados pelas suas disposições.
Fonte: Da redação