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Publicado em 10/02/2025 as 9:00am

Mais um grupo de brasileiros deportados sob governo Trump desembarca em Minas Gerais

Na noite de sexta-feira (7), mais um grupo de brasileiros deportados dos Estados Unidos...

Na noite de sexta-feira (7), mais um grupo de brasileiros deportados dos Estados Unidos desembarcou em solo nacional, com a maior parte dos repatriados chegando ao Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte. O voo fretado pela Força Aérea Brasileira trouxe 96 deportados para Minas Gerais, enquanto 15 outros seguiram para Fortaleza, no Ceará, após uma parada inicial na capital cearense.

O procedimento para o desembarque foi diferente do que ocorreu em voos anteriores. Desta vez, os deportados chegaram sem algemas, e uma comitiva de recepção os aguardava em solo brasileiro. Além de kits com refeições e materiais de higiene, os repatriados foram recebidos com um ambiente mais humanizado, uma mudança significativa em relação à primeira repatriação, quando os deportados chegaram acorrentados, o que gerou reações internacionais e críticas ao tratamento recebido.

O voo de sexta-feira saiu de Alexandria, na Louisiana, madrugada adentro, e a parada em Fortaleza foi uma estratégia do governo brasileiro para reduzir o tempo de viagem dos deportados, uma vez que a cidade cearense está entre os pontos mais próximos dos Estados Unidos. Isso resulta em uma viagem mais curta e, consequentemente, menos tempo em que os repatriados ficam algemados, uma prática padrão do governo dos EUA.

Entre os deportados, estava César Diego Justino de Abreu, corretor de imóveis de Caldas Novas (GO), que, ao desembarcar, beijou o chão do aeroporto, emocionado. “Lá está muito difícil. Muito difícil porque está muito sofrido, quatro meses detido. Jamais aconselho alguém a fazer isso”, disse ele, refletindo sobre a experiência traumática.

João Vitor Batista Alves, motoboy de Governador Valadares (MG), também fazia parte do grupo. Ele se entregou às autoridades americanas após entrar ilegalmente no país no início de janeiro de 2025. "Por mais que a gente imigrou ilegalmente, não somos criminosos perigosos para ficarmos amarrados. Fomos 24 horas comendo pão e água", lamentou João Vitor, contando as dificuldades do processo de detenção.

A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, esteve presente no aeroporto para dar boas-vindas aos repatriados. “São brasileiros, são repatriados, e o nosso país tem a cultura de acolher bem. O que queremos é que essas pessoas possam se inserir rapidamente no mundo do trabalho e viver com dignidade”, afirmou a ministra, ressaltando a importância do acolhimento e da reintegração social dos deportados.

Após o desembarque em Confins, Nicolas Campana, lavrador do Espírito Santo, seguiu para a rodoviária de Belo Horizonte, com destino a Colatina (ES). “Quero encontrar minha família, dar aquele grande abraço e descansar um pouco, porque o voo foi bem puxado. A jornada até aqui foi bem difícil”, disse Nicolas, evidenciando o desgaste físico e emocional da viagem.

Este foi mais um capítulo de uma série de repatriações que continuam a ser realizadas sob o governo de Donald Trump, com deportações em massa, que impactam diretamente as vidas dos brasileiros afetados, trazendo tanto o alívio de um retorno, quanto o desafio de reconstruir suas vidas após a experiência traumática da detenção e deportação.

Fonte: Da redação

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