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Publicado em 12/02/2025 as 8:00am

Universidade em Massachusetts promove diversidade e proteção a imigrantes indocumentados, desafiando ordens executivas de Trump

A Salem State University (SSU), uma instituição pública em Salem, Massachusetts, tem se...

A Salem State University (SSU), uma instituição pública em Salem, Massachusetts, tem se posicionado em apoio a temas controversos desafiados por ordens executivas da administração Trump, incluindo a proteção de estudantes imigrantes in documentados e questões relacionadas à identidade de gênero. A informação foi revelada por meio de e-mails enviados aos alunos nos dias seguintes à posse do presidente Donald Trump, segundo reportagem exclusiva do Campus Reform.

Dois dias após a posse de Trump, o vice-presidente de Diversidade e Inclusão da SSU, Christopher Macdonald-Dennis, enviou uma mensagem à comunidade estudantil intitulada "Seguindo em Frente Juntos". No e-mail, ele destacou o compromisso da universidade com a inclusão, mesmo diante das incertezas geradas pelas mudanças políticas em Washington, D.C.

“Embora o desconhecido possa ser bastante inquietante, saibam que continuamos aqui para cada membro de nossa comunidade, independentemente de sua identidade”, escreveu Macdonald-Dennis. “O que quer que esteja acontecendo fora de nosso campus, permanecemos comprometidos com os princípios de inclusão e pertencimento aqui na Salem State.”

O vice-presidente também afirmou que a universidade iria “parceriar com nossas irmãs do sistema estadual” e monitorar como as novas ordens executivas da administração Trump impactariam a instituição.

Em outro e-mail obtido pelo Campus Reform, a conselheira geral da SSU, Rita Colucci, abordou as políticas da universidade em relação à aplicação da lei e à imigração. Em mensagem enviada em 29 de janeiro, ela reforçou o compromisso da instituição em garantir um ambiente seguro e acolhedor para alunos, professores e funcionários.

“Entendemos que as últimas notícias e discussões nas redes sociais sobre a ordem executiva assinada pelo presidente Trump levantaram dúvidas sobre como a SSU protege nossa comunidade”, escreveu Colucci. “Isso é especialmente verdadeiro em relação à privacidade e às interações com autoridades externas, como a polícia ou agentes de imigração.”

Colucci orientou os estudantes sobre como agir caso fossem abordados por “agentes de segurança desconhecidos no campus”, recomendando que declinassem responder a quaisquer perguntas. Ela também lembrou que a polícia universitária “não tem autoridade para aplicar leis de imigração civil” e não deteria indivíduos com base em seu status migratório, a menos que houvesse um mandado de prisão.

A mensagem ainda direcionou os alunos a recursos de apoio, como a Coalizão de Defesa de Imigrantes e Refugiados de Massachusetts (MIRA), o Centro Nacional de Direito de Imigração (NILC) e o Greater Boston Legal Services.

Procurada para comentários, a universidade reiterou seu compromisso com a missão e valores institucionais.

“Seguiremos as leis federais e do estado de Massachusetts conforme aplicáveis ao nosso campus”, disse Corey Cronin, porta-voz da SSU. “Estamos colaborando com nossas universidades irmãs e aguardando mais orientações do estado.”

Além de recursos relacionados à imigração, a SSU também forneceu materiais sobre saúde reprodutiva e identidade de gênero. Um PowerPoint intitulado “Conscientização LGBTQIAP+ e Aliança Autêntica”, obtido pelo Campus Reform, define termos como “lésbica”, “gay”, “bissexual/biromântico”, “transgênero”, “queer” e “questionamento”, além de conceitos como “alosexismo”, “androginia”, “bifobia”, “cisnormatividade” e “heteronormatividade”.

A apresentação também aborda os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQ+, incluindo discriminação, violência e a predominância de perspectivas heteronormativas na mídia, educação, medicina e políticas públicas. “A transfobia, homofobia e bifobia podem ser mais pronunciadas em certas regiões e contra subgrupos específicos dentro da comunidade LGBTQ+”, diz o material.

As ações da SSU ocorrem em um contexto de tensão nacional, após o presidente Trump emitir uma série de ordens executivas em suas primeiras horas no cargo, incluindo a revogação de iniciativas federais de diversidade e a definição de que o governo reconhece apenas dois sexos: masculino e feminino. Enquanto isso, universidades como a SSU continuam a se posicionar como espaços de acolhimento e resistência, gerando debates sobre o papel das instituições de ensino em meio a políticas governamentais controversas.

Fonte: Da redação

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