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Publicado em 27/02/2025 as 10:00am

Michael Moore alerta: deportar imigrantes pode custar à América futuros gênios e até a cura do câncer

O cineasta e ativista progressista Michael Moore usou seu blog nesta terça-feira para fazer um...

O cineasta e ativista progressista Michael Moore usou seu blog nesta terça-feira para fazer um apelo emocionado e polêmico: ao deportar imigrantes ilegais, os Estados Unidos podem estar perdendo a chance de abrigar futuros gênios, como Steve Jobs, ou até mesmo alguém que poderia salvar o mundo de uma catástrofe, como o impacto de um asteroide previsto para 2032. Em uma publicação intitulada "Our Muslim Boy Wonder" ("Nosso Menino Prodígio Muçulmano"), Moore criticou duramente as políticas de deportação da administração Trump, usando exemplos históricos e hipotéticos para defender sua posição.

"Quem está realmente sendo removido pelo ICE esta noite?", questionou Moore. "A criança que teria descoberto a cura do câncer em 2046? O nerd do 9º ano que teria impedido o asteroide que vai nos atingir em 2032? Nós nos importamos?" O cineasta destacou a história de Steve Jobs, filho de um imigrante sírio, como um exemplo de como os imigrantes contribuíram para a grandeza dos Estados Unidos. "Sou grato por aquele bebê muçulmano migrante ter nascido aqui 70 anos atrás. Porque, se não fosse por ele, talvez não tivéssemos nenhuma de suas invenções. Também não teríamos Ted Lasso", brincou.

Moore expressou gratidão pelos imigrantes que escolheram os EUA como seu lar, afirmando: "Toda vez que ouço palavras negativas ou ódio explícito dirigido àqueles que vieram de longe, sinto que devo me ajoelhar e agradecer a todos que deixaram suas vidas para trás para estar aqui conosco." Ele sugeriu que aqueles que apoiam a construção de um muro ou a deportação de imigrantes sem documentos deveriam refletir sobre a lista de figuras notáveis que chegaram aos EUA e transformaram o país. Entre os nomes citados estão o físico teórico Albert Einstein, o músico Gene Simmons, da banda KISS, e personalidades de esquerda como a congressista Rashida Tlaib e a fundadora da Marcha das Mulheres, Linda Sarsour.

O cineasta também pintou cenários hipotéticos e emocionantes sobre imigrantes deportados que poderiam ter feito contribuições significativas. "Hoje à noite, agentes do ICE estão arrombando portas para remover os 'ilegais perigosos'. Mas um deles poderia ser o homem que, amanhã, ajudaria a reconstruir um playground infantil na cidade — e agora está algemado em um avião militar a caminho da Guatemala", escreveu. Ele também mencionou uma jovem em Boston que, se não tivesse sido detida, poderia ter composto a sequência da emocionante música "Hallelujah". "Nossas almas nunca a ouvirão", lamentou.

Moore ainda imaginou uma menina deportada que poderia ter crescido para se tornar a cientista que descobriria a cura do câncer. "Ela foi arrancada dos braços da mãe, levada para uma base militar em Oklahoma, e agora está 'perdida no sistema', sem nunca mais ser vista por sua família", descreveu. "Quando eu for dormir hoje, tentarei não pensar nos milhões que poderão sofrer de câncer daqui a 30 anos e que talvez tivessem sobrevivido se essa garotinha não tivesse sido vista como uma ameaça à nossa segurança nacional."

O cineasta encerrou seu texto com um apelo: "Deus nos ajude. E Deus abençoe a América — e Steve Jobs." No entanto, Moore já criticou duramente os americanos nativos e sua cultura em ocasiões anteriores, argumentando que "não somos um povo bom" e que os EUA têm uma "lista de maldades" que levou à eleição de Donald Trump.

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