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Publicado em 28/02/2025 as 7:00pm

Brasileiro é extraditado da Suíça para os EUA acusado de golpe bilionário com criptomoedas

O brasileiro Douver Torres Braga foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos na...


O brasileiro Douver Torres Braga foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos na última sexta-feira (21) para responder a acusações de liderar um esquema de fraude envolvendo criptomoedas que teria lesado mais de 100 mil investidores em todo o mundo, arrecadando o equivalente a R$ 42 bilhões.

O caso, que já vinha sendo investigado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), ganhou destaque internacional devido ao volume de recursos movimentados e à complexidade do golpe.

Braga, que se declarou inocente ao chegar aos EUA, é acusado de comandar a Trade Coin Club, uma plataforma que prometia retornos financeiros extraordinários por meio de operações com criptomoedas. Segundo a SEC, o esquema teria arrecadado mais de 82 mil criptomoedas de investidores, muitos deles norte-americanos, o que justifica a jurisdição dos EUA sobre o caso. O julgamento está marcado para 25 de abril de 2025, e, se condenado, Braga pode enfrentar até 20 anos de prisão.

O esquema, descrito como uma versão moderna do clássico "Ponzi", teria utilizado o apelo das criptomoedas para atrair vítimas. “O Sr. Braga supostamente administrou um esquema de fraude que remonta a mais de um século, mas ele atualizou seu esquema com a novidade mais quente: criptomoeda”, afirmou a procuradora dos EUA Teal Luthy Miller. “Os investidores vítimas esperaram anos para ver justiça. Elogio nossos parceiros federais no FBI e na Investigação Criminal do IRS por seu trabalho diligente neste caso.”

Antes de ser localizado na Suíça, Braga era procurado pela justiça americana em vários países, incluindo o Brasil. Em agosto de 2024, a pedido das autoridades dos EUA, a justiça brasileira realizou buscas em endereços de São Paulo e Rio de Janeiro, mas não conseguiu encontrá-lo. Entre os locais visitados estava um shopping center de sua propriedade no Rio de Janeiro. Em todos os endereços investigados, moradores e conhecidos afirmaram não saber do paradeiro do acusado.

Além do caso internacional, Braga também era investigado no Brasil por supostamente captar recursos de um idoso de 95 anos acamado, conforme revelado pela Jovem Pan News em 2023. O caso reforça o perfil de um suposto golpista que teria atuado em múltiplas frentes, aproveitando-se da confiança de suas vítimas.

A extradição de Braga marca um capítulo importante na investigação, que mobilizou agentes do FBI e da Receita Federal dos EUA (IRS). “O tipo de esquema que o Sr. Braga é acusado de operar não é novo, ele apenas usou o fascínio de uma nova tecnologia chamativa para obscurecer o golpe bem conhecido”, disse W. Mike Herrington, agente especial do FBI em Seattle. “Este caso demonstra a determinação do FBI e de nossos parceiros em responsabilizar os fraudadores, não importa onde eles estejam no mundo.”

Enquanto aguarda o julgamento, Douver Torres Braga permanece sob custódia nos Estados Unidos. O caso serve como um alerta para investidores sobre os riscos de esquemas promissores envolvendo criptomoedas e reforça a necessidade de regulamentação e fiscalização no setor. Para as vítimas, a extradição representa um passo crucial na busca por justiça após anos de incertezas e prejuízos financeiros.

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