Publicado em 6/03/2025 as 5:00pm
Família de Governador Valadares é suspeita de organizar imigração ilegal de 669 brasileiros para os EUA
Imagem divulgada pela Polícia Federal Uma família de Governador Valadares, cidade do...

Uma família de Governador Valadares, cidade do interior de Minas Gerais, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, acusada de supostamente organizar a imigração ilegal de 669 pessoas para os Estados Unidos. A ação, que contou com a execução de 14 mandados de busca e apreensão, também resultou na apreensão de passaportes, bloqueio de contas bancárias e confiscação de bens que, somados, podem chegar a R$ 43 milhões. Além disso, os agentes apreenderam duas armas e pacotes de munição durante as buscas.
A operação foi deflagrada em três estados: 11 mandados foram cumpridos em Governador Valadares, dois no Espírito Santo e um no Distrito Federal. A PF, no entanto, não divulgou se as 669 pessoas que teriam sido aliciadas pelo grupo já chegaram aos EUA ou se a tentativa de imigração ainda estava em andamento. Segundo as investigações, os imigrantes eram enviados aos Estados Unidos por meio do México.
De acordo com a PF, o grupo criminoso operava com núcleos especializados, cada um responsável por uma etapa do esquema. Entre as funções identificadas estão a captação de imigrantes, compra de passagens aéreas, reservas de hotéis, falsificação de documentos públicos e criação de contas bancárias em nome de terceiros para o recebimento de valores. A estrutura organizada permitia que o grupo mantivesse o esquema de forma eficiente e lucrativa.
A investigação aponta que mais de 1.500 pessoas, entre adultos e menores de idade, foram vítimas da organização. Os envolvidos podem responder por crimes como participação em organização criminosa, promoção de migração ilegal, envio irregular de crianças e adolescentes para o exterior, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsificados.
As imagens divulgadas pela PF mostram parte do material apreendido, incluindo passaportes, armas e munição, além de documentos que podem comprovar a atuação do grupo. A operação ainda está em andamento, e a polícia segue investigando a extensão do esquema e a possível participação de outros envolvidos.
Este caso chama a atenção para o crescente problema da imigração ilegal, que muitas vezes expõe os migrantes a situações de risco e exploração. A PF reforça que continuará atuando no combate a esse tipo de crime, que não apenas viola as leis nacionais e internacionais, mas também coloca vidas em perigo.