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Publicado em 13/03/2025 as 7:00am

DIAGNÓSTICO ERRADO E COMUNICAÇÃO DIFÍCIL: Brasileiros pagam caro por ficar doentes nos EUA

Da redação Ficar doente nos EUA pode ser um verdadeiro pesadelo. Contratar um seguro saúde e...

Da redação

Ficar doente nos EUA pode ser um verdadeiro pesadelo. Contratar um seguro saúde e buscar clínicas especializadas se tornou essencial para brasileiros.

Sem sistema de saúde gratuito como o SUS e com barreira do idioma, imigrantes e viajantes pagam custos exorbitantes e colocam vida em risco; clínicas com médicos brasileiros e seguros saúde se tornam essenciais

Os Estados Unidos recebem milhares de brasileiros anualmente, seja para morar (hoje são mais de 2 milhões no país) ou para visitar – só em 2024, mais de 1,3 milhão de turistas brasileiros desembarcaram por lá. Mas muitos esquecem que lá não há SUS, os médicos falam inglês e o atendimento pode ser caro e inacessível.

Quem aprende essa lição da pior forma nunca mais esquece. Foi o caso do jornalista Diego Freire, que, ao cobrir a Comic-Con em 2015 sem seguro viagem, desenvolveu uma grave alergia de pele, recebeu um diagnóstico errado de sarna e gastou mais de R$ 1.500 em uma consulta de cinco minutos e medicamentos ineficazes.

"Viajar sem seguro saúde foi o pior erro que cometi. Quando precisei de atendimento, o médico mal olhou para mim, me deu um diagnóstico errado em cinco minutos e me deixou sem opções. Paguei caro por um tratamento que não funcionou e passei a viagem inteira doente. Foi quando percebi que lá não tem SUS, e a gente só dá valor a isso quando precisa. Nunca mais repeti esse erro."

 

STARTUP BRASILEIRA FACILITA ACESSO À SAÚDE NOS EUA

Para reduzir esse impacto, clínicas especializadas no atendimento a imigrantes brasileiros têm se tornado uma alternativa importante. A startup brasileira MedStation é um dos principais exemplos. Fundada em 2012 pelo ortopedista Dr. Neymar Lima, natural de Tocantins, a MedStation proporciona consultas médicas presenciais e online em português, inglês e espanhol, atendendo às necessidades da comunidade brasileira no exterior. “Navegar por um sistema de saúde tão complexo sem a devida proteção pode transformar uma simples emergência em um pesadelo financeiro, por isso, viajar sem cuidar da saúde é um risco que ninguém deve correr”, afirma Neymar Lima, fundador da MedStation. 

A empresa tem a preocupação de ser democrática, cobrando U$100 por consulta, ou U$150 por ano para quem fechar um cartão de fidelidade. A clínica também busca evitar que outros brasileiros passem pelo que o jornalista Diego enfrentou: atendimento superficial, falta de atenção e um diagnóstico errado. “Aqui falamos a língua do paciente para que ele se sinta seguro e olhamos nos olhos. O próprio médico chama o paciente pelo nome”, explica. “Nosso principal mote é resolver o problema de cada paciente.”

A startup de saúde conta com seis unidades físicas, nas cidades de Pompano Beach, Sunny Isles, Weston, Coconut Creek, Dr Phillips, Metrowest , além de 78 unidades online, que atendem nos Estados Unidos e outros países via consultas de telemedicina.  O modelo deu tão certo que o plano é abrir 300 novas unidades online até 2030. “O objetivo é garantir que brasileiros no mundo todo tenham acesso à saúde de qualidade, na sua própria língua, sem barreiras e por um preço justo”, afirma Lima.  

 

SEGURO: UM INVESTIMENTO NECESSÁRIO

Segundo o especialista, também é importante que brasileiros viajantes nos EUA contratem um seguro saúde que cubra principalmente emergências e internações. Os valores variam entre R$ 100 e R$ 300 por dia, conforme dados de plataformas de comparação de seguros, dependendo da cobertura. Esses custos são significativamente menores que os de uma consulta de pronto-socorro nos EUA, que pode custar entre US$ 1.500 e US$ 3.000, ou de uma internação hospitalar, que ultrapassa US$ 20 mil por dia.

Além da proteção financeira, os seguros costumam oferecer suporte 24 horas, auxiliando no encaminhamento adequado dentro do sistema de saúde americano.  

Para quem vai se estabelecer nos EUA, os planos privados oferecem cobertura mais ampla, incluindo consultas, exames e emergências. Segundo o Kaiser Family Foundation, os prêmios mensais desses planos variam entre US$ 300 e US$ 800, dependendo da região, idade e tipo de cobertura.

Algumas seguradoras adaptam seus serviços às necessidades de brasileiros, oferecendo atendimento em português e condições diferenciadas para consultas e procedimentos. Essa customização reduz barreiras linguísticas e culturais, facilitando a integração no novo país.

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