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Publicado em 13/03/2025 as 10:00pm

Governador Lamont aprova US$ 2,8 milhões para grupos afetados por cortes da era Trump

O governador de Connecticut, Ned Lamont, aprovou nesta segunda-feira (15) um pacote de US$ 2,8...

O governador de Connecticut, Ned Lamont, aprovou nesta segunda-feira (15) um pacote de US$ 2,8 milhões em fundos de emergência para organizações de apoio a imigrantes, refugiados, comunidades LGBTQ+ e a Planned Parenthood, grupos que foram alvo de cortes de financiamento durante o governo Trump. A decisão, no entanto, gerou críticas de legisladores republicanos, que classificaram a medida como um "favor político" a aliados de Lamont.

Durante uma cerimônia no Instituto de Refugiados e Imigrantes de Connecticut (CIRI, na sigla em inglês), em Bridgeport, Lamont destacou a "urgência e necessidade" de apoiar essas organizações. "O governo federal tem como alvo os mais marginalizados entre nós", afirmou o governador, justificando a liberação dos recursos.

O CIRI, que receberá quase meio milhão de dólares, é uma das principais agências de reassentamento de refugiados no estado. No entanto, desde janeiro, o contrato federal da organização foi cancelado, e seu futuro financeiro permanece incerto. "É desolador", disse Susan Schnitzer, diretora do CIRI, ao descrever o impacto dos cortes. "Esperávamos um declínio gradual, não um golpe tão severo."

Além do CIRI, outras organizações de apoio a imigrantes e refugiados, como a Coalizão de Imigrantes e Refugiados de Connecticut e a IRIS (Integrated Refugee & Immigrant Services), também receberão parte dos fundos. A IRIS, que recentemente anunciou o fechamento de seu escritório em New Haven devido a cortes de US$ 4 milhões, será beneficiada pela medida.

Grupos de direitos LGBTQ+, incluindo os centros de orgulho de Bridgeport e New Haven e o Triangle Community Center em Norwalk, receberão US$ 1 milhão. Rachel Simon, diretora executiva do Triangle Community Center, explicou que parte dos recursos será usada para ajudar pacientes de outros estados a acessarem serviços de transição de gênero em Connecticut.

A Planned Parenthood da Nova Inglaterra, que oferece serviços de saúde reprodutiva, receberá US$ 800 mil. Lamont rebateu as críticas de que a organização seria uma "aliada política", afirmando que "a Planned Parenthood luta pelos direitos das mulheres, e isso é uma questão bipartidária".

A decisão de Lamont representa uma mudança de posição. Na semana passada, o governador havia vetado a liberação dos fundos, argumentando que o estado não poderia "resgatar todos os grupos afetados pelos cortes federais". No entanto, após ameaças de legisladores de anular seu veto, Lamont chegou a um acordo para realocar os recursos fora do orçamento estadual, mantendo as chamadas "barreiras fiscais" que limitam gastos.

Republicanos criticaram a mudança de postura do governador. "Nunca vi um governador vetar um projeto e, em três horas, mudar de ideia e fechar um acordo que faz exatamente o que havíamos aprovado na semana passada", disse o líder da minoria republicana na Câmara, Vin Candelora. Ele também questionou a falta de transparência no processo, afirmando que as organizações beneficiadas não foram devidamente avaliadas.

Schnitzer, do CIRI, defendeu o impacto positivo dos fundos. "Esse dinheiro se paga", disse ela. "Os imigrantes e refugiados que reassentamos contribuem para a economia, pagam impostos e movimentam os mercados locais." Em um ano típico, o CIRI auxilia cerca de 5.000 imigrantes, muitos dos quais se tornam professores, enfermeiros e outros profissionais essenciais.

A aprovação dos US$ 2,8 milhões ocorre em um momento em que as três maiores agências de imigração de Connecticut buscam US$ 3 milhões adicionais no próximo orçamento estadual. Enquanto isso, o debate sobre o papel do estado em compensar cortes federais continua a dividir opiniões, refletindo as tensões políticas em torno de questões como imigração, direitos LGBTQ+ e saúde reprodutiva.

 

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