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Publicado em 28/03/2025 as 6:00pm

Após denunciar negligência médica, Priscila de Almeida agora busca ajuda para concluir tratamento contra o câncer no Brasil

Diagnóstico tardio e luta pela vida


Priscila autorizou o uso da imagem para a campanha de ajuda à sua família

Priscila Reis Guimarães de Almeida, de 39 anos, vive um drama que atravessa fronteiras. Natural de Governador Valadares (MG), a brasileira chegou aos Estados Unidos há três anos. A princípio, parecia a concretização de um sonho, quando Priscila e o filho Vitor finalmente se uniram ao restante da família – o ex-exposo e Ana, filha mais velha do casal – que já a aguardava em solo americano após uma espera de mais de dois anos antes de sua chegada. O reencontro, que ocorreu depois de uma tentativa frustrada de imigração, dava sinais de um recomeço promissor para todos.

Estabelecida em Connecticut e posteriormente na Flórida, Priscila conseguiu trabalho como house cleaner e nail designer. A felicidade pela nova vida só aumentou quando Priscila engravidou e deu à luz Kathleen Victoria. No entanto, foi após o nascimento de sua filha mais nova, hoje com dois anos, que a história de Priscila começou a mudar drasticamente.

Desde o parto, realizado na Flórida, ela percebeu que algo não estava certo. "Tudo poderia ter sido descoberto logo no início, caso os médicos tivessem tido o interesse de investigar a fundo com os exames pertinentes desde o princípio", afirma. Mesmo relatando um sangramento anormal, a brasileira recebeu apenas a prescrição de um remédio anticoncepcional e vitaminas pré-natais, sem a realização de exames mais aprofundados.

A hemorragia persistiu por um ano e sete meses. Somente em abril de 2024, ao procurar o Hospital Saint Vincent, na Flórida, ela foi diagnosticada com uma infecção bacteriana no útero. Como tratamento inicial para uma situação tão alarmante, foram prescritos apenas vitaminas e uma pomada ginecológica. Dois meses depois, em 20 de junho, a crise se agravou e, finalmente, foi constatado um câncer no colo do útero em estágio avançado.

Diante do diagnóstico tardio, Priscila buscou alternativas. Mudou-se para Naugatuck, Connecticut, onde encontrou apoio e um sistema de saúde mais acessível. Em agosto de 2024, iniciou seu tratamento no Yale Hospital New Haven, especializado em oncologia. Ao todo, foram seis sessões de quimioterapia e 36 de radioterapia. No entanto, devido à sua fragilidade física e aos efeitos adversos, não conseguiu concluir as cinco sessões de radioterapia que ainda restavam.

Com o agravamento de problemas familiares, Priscila sofreu outro duro golpe: a separação do esposo em meio a um momento sobremodo delicado, o que a levou a mudar-se para South Dennis, Massachusetts, onde vive há cinco meses. Com seu estado de saúde apresentando acentuada piora, ela precisou de atendimento imediato. No entanto, a luta pela vida e a esperança de um encontrar um atendimento digno em uma terra conhecida como santuário para imigrantes esbarraram em dificuldades de acesso a um tratamento eficaz. "Querendo ou não, este é um caso de negligência médica, pois os médicos daqui estão se recusando a fazer a cirurgia. A médica que faz o meu tratamento, nestas duas semanas que passei no hospital, nunca foi lá conversar comigo sobre meu quadro. Apenas os residentes de oncologia foram lá onde estava internada", denuncia Priscila, que estava deixou o hospital na última terça. Atualmente, a valadarense está recebendo apenas cuidados paliativos, como morfina para aliviar as dores intensas. Sem um histórico familiar da doença, ela acredita que o diagnóstico poderia ter sido feito mais cedo, evitando que seu quadro atingisse o estágio atual.

Agora, seu objetivo é retornar ao Brasil para tentar uma abordagem cirúrgica. Para isso, ela e sua família iniciaram uma campanha de arrecadação de fundos. "A única palavra que posso dizer é fé em Deus. Não vou desistir. Ana, Vitor e agora Kathleen, que tem só dois anos e não tem capacidade de entender nada do que se passa, são motivos suficientes para eu ter força para continuar lutando", afirma Priscila, levando uma mensagem de esperança e confiança em Deus.

O caso de Priscila levanta questões sobre possível negligência médica nos Estados Unidos. Enquanto espera pelo desfecho, ela segue sua luta, contando com o apoio de amigos, família e da comunidade para ter uma nova chance de tratamento no Brasil.

Os interessados em contribuir podem realizar doações através da plataforma GoFundMe

(https://www.gofundme.com/f/ajuda-a-priscila-e-os-filhos-a-voltarem-pro-brasil?attribution_id=sl:d0a842c0-48ee-47b1-8b8c-62dc1847b9a6&lang=en_US&utm_campaign=fp_sharesheet&utm_content=amp13_t1-amp14_t2&utm_medium=customer&utm_source=copy_link)

ou via Zelle pelo número +1 (904) 402-4227. Esse contato também está disponível para mais informações sobre a campanha.

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