Brasileiro é preso em Worcester (MA) por envolvimento em tráfico internacional de pessoas

 Um nacional brasileiro que residia ilegalmente em Worcester foi preso nesta quarta-feira durante uma operação internacional que desmantelou uma rede de tráfico de pessoas. Flavio Alexandra Alves, também conhecido como “Ronaldo”, de 41 anos, é acusado de conspiração para trazer e transportar estrangeiros dentro dos Estados Unidos, em violação à lei federal.

A prisão ocorreu após a apresentação de uma queixa criminal em tribunal federal. Alves passou por uma audiência inicial e permanecerá detido até uma nova audiência marcada para o dia 28 de março de 2025.

Alves já possui condenações anteriores relacionadas ao tráfico de pessoas, tendo sido condenado na Califórnia em 2004 e deportado para o Brasil em 2005. Segundo as autoridades, ele reentrou ilegalmente nos Estados Unidos e reside aqui sem status migratório.

A investigação que levou à prisão de Alves começou em abril de 2022, enfocando uma organização de tráfico humano que opera entre os Estados Unidos, Brasil e México. Essa organização é acusada de contrabandear brasileiros pelo México e para os EUA, visando lucro financeiro e lavagem de dinheiro.

Os documentos da acusação revelam que Alves atuava como um contrabandista baseado nos Estados Unidos desde meados de 2021, coordenando atividades com cúmplices no Brasil e no México. Ele é acusado de comprar passagens aéreas para brasileiros contrabandeados, incluindo famílias, que chegavam às fronteiras e eram liberados pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP). Entre maio de 2021 e agosto de 2022, Alves teria adquirido mais de 100 passagens para destinos em Massachusetts e Pensilvânia.

A investigação também revelou que Alves enviou grandes quantias de dinheiro para contrabandistas no México para cobrir despesas relacionadas ao trânsito de migrantes. Ele teria recebido pagamentos de indivíduos por suas taxas de contrabando, retendo uma porcentagem antes de transferir o restante a outros membros da organização.

Segurança Interna e o Programa de Força-Tarefa de Viagem Criminal Extraterritorial, que tem como objetivo desmantelar redes de tráfico humano. Além disso, quatro outros indivíduos foram detidos em conexão com a organização por violações de imigração.

A procuradora dos EUA, Leah B. Foley, destacou o compromisso das autoridades em combater o tráfico humano e a imigração ilegal. Este caso é parte da Operação Take Back America, uma iniciativa nacional que visa proteger comunidades e desmantelar organizações criminosas.

Se condenado, Alves pode enfrentar uma pena de até 10 anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e uma multa de até $250.000. Ele também poderá ser submetido a processos de deportação após o cumprimento de qualquer pena. Alves é considerado inocente até que se prove o contrário em tribunal.