Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 28/03/2025 as 4:00pm

Polícia Federal desarticula organização criminosa de contrabando de imigrantes para os Estados Unidos

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 26 de março, a segunda fase da...


A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 26 de março, a segunda fase da operação Hancórnia, que visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando de migrantes brasileiros para os Estados Unidos. Os mandados de prisão foram cumpridos no Maranhão e em mais quatro estados.

Durante a operação, duas pessoas foram detidas: uma no Brasil e outra em Boston, Massachusetts. Além disso, a PF bloqueou R$ 14 milhões relacionados aos investigados. Um dos principais suspeitos, identificado como líder da organização e responsável pelo aliciamento das vítimas, foi preso em São Raimundo das Mangabeiras, no sul do Maranhão. Essa é a segunda prisão do suspeito por envolvimento em imigração ilegal.

De acordo com informações da PF, o indivíduo é proprietário de um posto de combustíveis e de um hotel que funcionava como fachada para lavagem de dinheiro. Ele utilizava contas em nome de terceiros para monitorar os pagamentos feitos pelas vítimas. "Após conseguir a liberdade provisória, ele continuou promovendo a imigração ilegal, o que resultou na emissão de um novo mandado de prisão", afirmou Diego Frota, delegado da Polícia Federal no Maranhão.

As investigações revelaram que, entre 2021 e 2022, mais de 200 pessoas foram vítimas do esquema, incluindo cerca de 80 crianças e adolescentes. Os aliciamentos ocorriam em diversas cidades do Maranhão, como São Raimundo das Mangabeiras e Balsas, prometendo uma vida melhor e oportunidades de emprego nos Estados Unidos. A travessia era realizada de forma ilegal pela América Central, passando por países como México, Panamá e Costa Rica.

O esquema operava por meio de núcleos com representantes no Brasil, México e Estados Unidos. Para realizar a travessia, as vítimas eram obrigadas a pagar valores em dólares, divididos em duas partes: metade antes da viagem e a outra metade de forma parcelada. Nos casos em que as vítimas não podiam arcar com os custos, os líderes do grupo ofereciam empréstimos, exigindo imóveis e bens como garantia.

“Os membros da organização tinham funções bem definidas. As vítimas eram recrutadas no sul do Maranhão com falsas promessas de um futuro melhor e oportunidades de emprego nos Estados Unidos”, explicou Diego Frota.

Uma das prisões nos Estados Unidos foi de um dos líderes do esquema, resultado da colaboração entre as polícias brasileira e americana. "O compartilhamento de informações foi fundamental para o sucesso da operação", afirmou Sandro Jansen, superintendente da Polícia Federal no Maranhão.

A operação Hancórnia destaca os riscos enfrentados por muitos brasileiros em busca de oportunidades no exterior e ressalta a importância da cooperação internacional no combate a organizações criminosas que exploram a vulnerabilidade de imigrantes.

Top News