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Publicado em 31/03/2025 as 10:00am

Brasileiro é acusado de chefiar rede de tráfico humano que levou centenas de conterrâneos para os EUA

De acordo com documentos judiciais, Alves já havia sido deportado para o Brasil em fevereiro de 2005, após condenação por crimes de contrabando de pessoas na Califórnia. No


Um brasileiro que vivia ilegalmente nos Estados Unidos foi preso e agora enfrentará acusações federais por supostamente comandar uma organização criminosa que facilitou a entrada ilegal de centenas de imigrantes do Brasil para cidades americanas, incluindo Boston. Flavio Alexandre Alves, 41, deve comparecer nesta sexta-feira perante a corte federal de Worcester, após ser detido na quarta-feira (26) em uma operação que desmantelou uma rede internacional de tráfico humano.

De acordo com documentos judiciais, Alves já havia sido deportado para o Brasil em fevereiro de 2005, após condenação por crimes de contrabando de pessoas na Califórnia. No entanto, ele teria voltado ilegalmente aos EUA e, desde pelo menos meados de 2021, atuava como um dos coordenadores da operação criminosa nos Estados Unidos, trabalhando em conjunto com cúmplices no Brasil e no México.

Modus Operandi da Organização

A investigação, iniciada em abril de 2022 pelo Homeland Security Investigations (HSI), revelou que Alves teria:

- Comprado mais de 100 passagens aéreas para brasileiros que cruzaram a fronteira sul ilegalmente e foram liberados pela Patrulha de Fronteira (CBP) no Arizona.

- Enviado centenas de milhares de dólares em transferências para financiar a viagem de imigrantes e pagar coiotes no México.

- Utilizado laranjas e nomes falsos em casas de câmbio em Worcester, Leominster e Oxford para ocultar o fluxo de dinheiro.

Os imigrantes eram encaminhados para Boston, Pittsburgh, Harrisburg e Filadélfia, entre outras cidades. Quatro outros suspeitos ligados ao esquema também foram detidos em diferentes estados por violações migratórias.

Declarações das Autoridades

A procuradora federal Leah Foley destacou que Alves "lucrava com a exploração de vulneráveis" e usava métodos sofisticados para burlar a lei. Já o HSI classificou a operação como um golpe contra uma "organização transnacional que ameaça a segurança nacional".

Alves está detido e responderá por conspiração para tráfico internacional de pessoas, crime que pode levar a uma longa pena de prisão e nova deportação. O caso expõe os desafios no combate a redes de imigração ilegal, cada vez mais complexas e globalizadas.

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