Publicado em 31/03/2025 as 8:00pm
Gráficos mostram quais imigrantes Trump quer deportar dos EUA
Marta sempre tirou notas altas. Bolsista da Universidade Columbia, em Nova York, ela se...
Marta sempre tirou notas altas. Bolsista da Universidade Columbia, em Nova York, ela se formou em Ciências Políticas e Religião há alguns meses. No entanto, hoje trabalha como faxineira. Sem documentos, ela não tem visto de trabalho e vive sob a ameaça de deportação.
Nascida no México, Marta foi levada aos EUA pela mãe quando tinha apenas dois anos de idade. Agora, com 22, enfrenta a possibilidade de ser expulsa do país onde cresceu, em meio à política de deportações em massa do governo Donald Trump.
Ela e sua mãe fazem parte dos 11 milhões de imigrantes indocumentados que vivem nos EUA, segundo dados de 2022 do Departamento de Segurança Nacional (DHS). Projeções de organizações especializadas, como o Instituto de Política de Migração e o Centro de Pesquisas Pew, indicam que esse número pode ultrapassar 13 milhões em 2025.
O governo Trump anunciou como prioridade a deportação de imigrantes com antecedentes criminais, com uma meta inicial de 1 milhão de pessoas removidas. Dados do DHS mostram que, até julho de 2023, 662.566 estrangeiros com passagem pela Justiça estavam no registro das autoridades migratórias.
Mas a ameaça também atinge quem, como Marta, não tem um caminho claro para a legalização. O sistema migratório dos EUA não passa por reformas há quase 40 anos, deixando milhões sem opções para regularizar sua situação.
Quem são os imigrantes na mira das deportações?
Dados oficiais revelam:
Origem dos imigrantes sem documentos – A maioria é do México e da América Central, mas há também asiáticos e sul-americanos.
Perfil ocupacional – Muitos trabalham em setores essenciais, como construção, agricultura e serviços domésticos.
Histórico de deportações – Comparação entre as gestões de Trump, Obama e Bush.
Enquanto o governo reforça a aplicação das leis migratórias, histórias como a de Marta mostram o lado humano de uma política que pode separar famílias e expulsar quem construiu sua vida nos EUA.