Promotores pedem sete anos de prisão para brasileiro que perdeu mandato de Deputado nos EUA

Promotores federais dos Estados Unidos solicitaram uma pena de sete anos de prisão para George Santos, ex-Deputado Federal e filho de brasileiros, acusado de uma série de fraudes financeiras e eleitorais que resultaram na perda de seu mandato no Congresso norte-americano.

Em petição apresentada à Justiça Federal, os promotores classificaram os crimes atribuídos a Santos como parte de uma “teia descarada de enganos”, praticada entre os anos de 2020 e 2022. As acusações incluem falsificação de documentos, fraude eleitoral, lavagem de dinheiro e uso indevido de recursos de campanha.

De acordo com as investigações, o ex-parlamentar enviou declarações falsas à Comissão Eleitoral Federal (FEC), informando doações inexistentes para inflar artificialmente sua arrecadação de campanha. O objetivo, segundo os promotores, era atingir o valor mínimo de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) exigido pelo Partido Republicano para a inclusão de candidatos em um programa interno da legenda voltado ao apoio político e financeiro.

Santos também responde a mais de 20 processos criminais relacionados à má gestão de recursos e à disseminação de informações falsas para doadores, eleitores e órgãos oficiais. Ele é acusado de ter utilizado verba de campanha para gastos pessoais, incluindo compras de artigos de luxo e viagens.

A sentença está prevista para ser anunciada no próximo dia 25 de abril. Se a pena for acatada pela Justiça, Santos poderá cumprir até sete anos de prisão.

George Santos fez história ao se tornar o sexto deputado a ser expulso do Congresso dos Estados Unidos, medida tomada em dezembro de 2023 após a revelação das irregularidades. Sua trajetória política, marcada por contradições e escândalos, virou símbolo de alerta sobre a fiscalização e a transparência nos processos eleitorais norte-americanos.