Filho de brasileiros, ex-deputado dos EUA é condenado a mais de sete anos de prisão por fraude e roubo de identidade

Da redação

O ex-deputado federal e filho de brasileiros, George Santos foi condenado nesta sexta-feira (25) a sete anos e três meses de prisão pelos crimes de fraude eletrônica e roubo de identidade qualificado, relacionados a esquemas fraudulentos durante sua campanha eleitoral de 2022. A sentença foi proferida por um tribunal federal em Nova York, e o ex-parlamentar deverá se apresentar às autoridades até o dia 25 de julho.

Santos, que se declarou culpado em agosto do ano passado, também foi condenado a pagar US$ 373 mil em restituição, conforme estipulado no acordo judicial firmado com o Departamento de Justiça. A promotoria havia solicitado uma pena superior a sete anos, enquanto a defesa pedia o mínimo de dois anos de reclusão.

A condenação marca um desfecho dramático para a curta e controversa carreira política do republicano, que representou partes de Long Island e Queens na Câmara dos Deputados. Ele foi expulso do Congresso em dezembro de 2023, após a divulgação de um relatório do Comitê de Ética da Câmara que apontou “conduta ilegal e sem acusação” adicional por parte do então congressista.

Ao longo de seu mandato, Santos se tornou figura central de escândalos e polêmicas no Capitólio. Reportagens revelaram que ele falsificou informações sobre sua formação acadêmica, histórico profissional e até mesmo aspectos de sua vida pessoal. Além disso, enfrentava 23 acusações federais, incluindo fraude em pedidos de seguro-desemprego durante a pandemia, desvio de fundos de campanha e omissões em relatórios de prestação de contas ao Congresso.

Apesar de ter sobrevivido a tentativas anteriores de cassação, o cerco se fechou à medida que novas evidências vieram à tona. Em 2023, Santos inicialmente se declarou inocente, mas mudou sua posição pouco antes do julgamento federal. Ele chegou a lançar uma candidatura como independente em outro distrito de Nova York, mas desistiu menos de um mês depois.

Com a condenação, Santos torna-se um dos raros ex-parlamentares norte-americanos a ser sentenciado por crimes federais relacionados diretamente ao exercício do cargo. O caso também levanta discussões sobre falhas nos mecanismos de verificação de candidatos e os limites da responsabilização ética e criminal no Congresso dos Estados Unidos.

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