Publicado em 21/08/2011 as 12:00am
Acesso da nova classe média à web cresce desigual no Brasil
A média de consumidores da classe média que moravam em domicílios com acesso a computador e internet em 2009 foi de 30%, ante apenas 7% em 2000, segundo dados de um estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República sobre o pe
A média de consumidores da classe média que moravam em domicílios com acesso a computador e internet em 2009 foi de 30%, ante apenas 7% em 2000, segundo dados de um estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República sobre o perfil da classe C. Apesar do crescimento, a expansão foi desigual: naquele ano, o Sudeste tinha 8% conectados em casa, e o Norte, 4%, enquanto que em 2009 essa distância aumentou para 17 pontos percentuais (35% no Sudeste, e 18% no Norte).
A classe média da região Sudeste foi a que teve maior parcela de pessoas morando em domicílios com acesso a computador e internet em 2009, seguida da região Sul (32%), Centro-Oeste (27%), Nordeste (21%) e Norte (18%).
Segundo o gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias de Informação e da Comunicação (Cetic.br), Alexandre Barbosa, embora o número de usuários tenha aumentado durante os últimos anos no País, boa parte dos novos internautas ainda utiliza a internet em lan houses e lugares públicos.
Esses usuários vêm principalmente das classes de renda mais baixas, de acordo com pesquisa do Cetic, ao passo que as classes de alta renda já tinham o acesso em casa, o que indica uma participação desigual também entre as classes: 90% dos domicílios da classe A tinham acesso em casa, 24% na classe C e 3% nas classes D e E, no ano de 2010.
A expansão desigual entre os Estados, segundo Barbosa, acompanha a desigualdade socioeconômica do País, e mesmo o volume de domicílios brasileiros com acesso a internet - de 27%, de acordo com o Cetic - ainda é menor que o observado na Argentina, no Chile e no Uruguai, segundo dados citados por Barbosa.
Fonte: UOL.COM.BR