Publicado em 27/01/2012 as 12:00am
Economia dos Estados Unidos mostra sinais de melhora
Superando as expectativas dos economistas, 2011 teve uma leve melhora no cenário econômico nos EUA.
Superando as expectativas dos economistas, 2011 teve uma leve melhora no cenário econômico nos EUA. Segundo o Departamento de Trabalho do país foram geradas 200 mil vagas de emprego, o que ajudou a reduzir a taxa de desemprego para 8,5%. O setor que mais colaborou para a alta na economia foi o varejista.
Para o economista, Álvaro Lima, a melhora é significativa e mostra que a economia está crescendo. “A taxa de crescimento está baixa, ainda não é o ideal, mas o importante é que não está estagnada e essa leve alta reflete diretamente na criação de novos empregos. Mas dependendo do setor, esse crescimento não é sentido, o da construção, por exemplo, os empregadores dessa área continuam na recessão. Ainda assim, acredito que a economia esse ano continuará dando sinais positivos”.
Wilton Rangel, proprietário do Restaurante Oliveiras em Everett (MA), disse que o fechamento de muitos outros estabelecimentos ao redor fez com o movimento melhorasse nos últimos meses de 2011. “Senti uma melhora no ano passado, mas o movimento caiu muito neste mês. Não sou apenas eu que sentiu esta queda, mas outros estabelecimentos também estão com a mesma queixa. Acredito que essa baixa deva-se ao fato das pessoas estarem pagando pelos gastos feitos no mês de dezembro, mas nesse mesmo período do ano passado, o cenário era bem mais favorável”.
Segundo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgado na terça-feira (24), a previsão de alta no PIB (Produto Interno Bruto) deverá ser mantida em 1,8%. O estudo revelou ainda que a economia dos Estados Unidos deverá ser impactada pela crise da zona do euro.
Sócio da Clínica de fisioterapia AMG Grupo Médico, James Moxley contou que o segundo semestre de 2011 foi ótimo e não tem do que reclamar. “Não dependemos muito de fatores econômicos para a prosperidade do nosso negócio, quando uma pessoa se machuca ela procura ajuda e muitas das despesas aqui na clínica são pagas pelas seguradoras. O movimento da clínica melhorou depois que começamos a atender brasileiros também e somos a única que falamos português, isso sem dúvida deixa o paciente mais confortável”.
Consultor de empréstimo da ACCION USA, Rodrigo Cerveira contou que o ramo de crédito não sentiu crise econômica, mas que propósito do empréstimo mudou. “A concessão de crédito se manteve estável, o que mudou foi o motivo do empréstimo. No auge da crise econômica em 2008, emprestávamos dinheiro para os empresários pagarem dívidas com cartão de crédito, por exemplo. Hoje as empresas precisam de capital para expandir os negócios, seja na abertura de uma nova loja ou na reforma de uma existente, cerca de 80% do que emprestamos hoje tem essa finalidade”.
Fonte: (por Larissa Gomes)