Publicado em 2/03/2012 as 12:00am
Estabilizar Europa após quebra da Grécia custaria ? 1 trilhão, diz estudo
Atenas, 2 mar (EFE).- A economia europeia precisaria da injeção de ? 1 trilhão para estabilizar
Segundo a publicação, que divulgou trechos do relatório em sua página digital, este estudo foi emitido de forma confidencial pelo IIF às autoridades europeias e gregas no dia 18 de fevereiro.
No caso de falta de pagamento por parte da Grécia, o IIF indica que a instabilidade se estenderia especialmente ao Banco Central Europeu (BCE), com uma exposição de € 177 bilhões da dívida grega, e poderia desestabilizar os países mais fracos da eurozona: Portugal, Irlanda, Itália e Espanha.
O instituto calcula que para evitar a quebra da Irlanda e de Portugal seria necessária uma injeção de € 380 bilhões, já que os sistemas financeiros destes países dependem da liquidez do BCE, que por sua vez, passaria por grandes dificuldades com seus balanços.
Para evitar que a instabilidade se transfira à Itália e à Espanha seriam necessários outros € 350 bilhões para lubrificar o sistema financeiro nesses países e evitar um colapso financeiro.
Além disso, seriam necessários outros € 160 bilhões de euros apenas para recapitalizar os bancos mais expostos à dívida grega.
Este dinheiro seria necessário para manter o funcionamento do sistema financeiro europeu, mas o custo total para a economia de todo o planeta seria muito maior.
"Seria um golpe direto à demanda agregada global e aos fluxos comerciais, já que a zona do euro representa 26% do comércio mundial", adverte o relatório.
O IIF, que agrupa mais de 400 entidades financeiras de todo o mundo, negociou com a Grécia o perdão de parte de sua dívida, um plano que tem como objetivo torná-la mais sustentável para que, ainda sofrendo perdas a curto prazo, os investidores que têm bônus gregos possam recuperar seus fundos com lucro a longo prazo.
A Grécia lançou há uma semana a oferta oficial para a troca de bônus estatais, que prevê o perdão de € 107 bilhões de seus bônus nas mãos de bancos e outros investidores privados, algo a mais que um quarto de sua dívida de € 360 bilhões, mais de 160% do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte: (da uol)