Publicado em 26/02/2013 as 12:00am
Abilio chama Casino de 'oportunista' e fala em 'abuso de poder'
O empresário Abilio Diniz enviou notificação ao Casino para que pare de "praticar ações que violem o acordo de acionista, procurando restringir seu exercício do cargo de presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar". A informação foi div
O empresário Abilio Diniz enviou notificação ao Casino para que pare de "praticar ações que violem o acordo de acionista, procurando restringir seu exercício do cargo de presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar". A informação foi divulgada nesta terça-feira (26), por meio de nota à imprensa.
Até o momento, o grupo Casino não se manifestou a respeito.
Abilio e o grupo francês são sócios no Grupo Pão de Açúcar, e enfrentam novos desentendimentos nas últimas semanas com os planos de Abilio de ir para o conselho da companhia de alimentos BRF. Na semana passada, o Casino pediu a renúncia do empresário do cargo de presidente do conselho da varejista.
"Os constantes pedidos do Casino para que Abilio Diniz renuncie ao cargo são tentativas de tumultuar a rotina do GPA, indo contra os interesses do grupo e desrespeitando o acordo de acionistas e a lei brasileira, o que caracteriza abuso de seu poder como controlador", diz a nota.
"O Casino age de forma oportunista, sem qualquer fundamento e visando seu interesse pessoal, ao alegar que Abilio não poderia permanecer no GPA, se eleito para o referido cargo."
Novo imbróglio entre Abilio e Casino
Para o controlador francês, a presença de Abilio na presidência dos conselhos de GPA e BRF geraria um conflito de interesses. O Casino poderia pedir a destituição de Abilio do cargo no GPA em assembleia de acionistas da Wilkes, holding do grupo. Ou entrar com uma liminar com esse mesmo objetivo.
Porém, pessoas próximas à Abilio contam que ele está respaldado no contrato de acionistas assinado com o Casino em 2006, que garante sua permanência no conselho, a não ser que ele tenha problemas de saúde ou o grupo apresente maus resultados --nenhuma das situações ocorre atualmente.
Além disso, o empresário não vê a existência de conflitos, já que os poderes de um presidente de conselho são limitados, acredita.
Fonte: uol.com.br