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Publicado em 28/04/2013 as 12:00am

Cresce o mercado de equipamentos de proteção ao motorista

Medo de assalto fomenta negócios como de película de proteção nos vidros. Em SP, empresário cria boneco inflável para segurança do motorista.


Com a onda de assaltos no trânsito nas grandes cidades, empresários investem em equipamentos de proteção ao motorista. Eles oferecem soluções que podem ajudar a driblar a ação dos bandidos.

Em 2012, só a cidade de São Paulo registrou 87 mil roubos e furtos de veículos. Este cenário de apreensão fomenta negócios como o dos irmãos Marcelo e Renato Golfeto. Eles instalam películas de segurança para aumentar a resistência dos vidros dos carros.

“Tem um nicho muito crescente, é um produto ainda novo no Brasil, e está ganhando mercado numa velocidade muito legal” , diz Marcelo Golfeto.

A película é feita de um laminado de poliéster, com espessura de menos de um milímetro. O material é comprado em rolo e vem com uma supercola.

Para aplicar, é só molhar o vidro e pressionar a película com uma espátula. Basta secar e está colada. O carro fica resistente a vandalismos.

Para montar o negócio, os empresários investiram R$ 150 mil em matéria-prima e na reforma do espaço. O negócio exige loja com frente ampla, para chamar a atenção de quem passa de carro. Na loja dos irmãos Golfeto, a fachada tem 10 metros. O aluguel do imóvel é de R$ 7 mil por mês, e o espaço comporta cinco carros ao mesmo tempo.

“Ter um bom espaço é fundamental, porque nosso tempo de trabalho é demorado, são três a quatro horas por veículo, então a gente, num espaço grande, consegue mais veículos e assim prospera melhor”, diz Renato.

Além da película de segurança, a empresa também instala filme escurecedor. Para um veículo médio, o pacote custa R$ 730.

Depois de um assalto, Paulo Casas não teve dúvidas e pôs a película no carro. “Minha esposa estava parada no trânsito e teve uma ação de vandalismo, a pessoa tentou quebrar o vidro dela para pegar a bolsa e é um susto grande, a gente não quer passar por isso de novo”, conta.

Hoje, por mês, a empresa faz 70 aplicações e fatura R$ 30 mil. Pelo ritmo dos negócios, o movimento deve dobrar até o final do ano.

“É um mercado que está crescendo. Só em São Paulo são emplacados quase mil veículos por dia. E a procura pela segurança nesses veículos é muito grande. E nosso público está crescendo junto com essa demanda e venda de veículos”, diz Marcelo.

Segurança inflável
Com tantos veículos nas ruas, aparecem também soluções criativas para inibir assaltos. Uma das situações preferidas pelos ladrões é quando a pessoa está dentro do carro. Mas especialistas garantem: o risco de assalto pode cair pela metade – ou mais – se a pessoa estiver acompanhada.

Olhando de fora não dá para perceber, mas, em vez de um segurança, o que está no banco de passageiros é um boneco de ar – que impõe respeito. Depois, quando a pessoa quiser, basta desligar e o modelo desinfla rapidamente. E o imponente segurança pode ser guardado no porta-luvas.

Para inflar, é preciso ligar o boneco no acendedor do carro e já está de novo com o “segurança” no banco ao lado. O modelo tem 40 centímetros de braço e 95 centímetros de altura – sentado. Com a vantagem de pesar só 35 gramas. O autor da ideia é o empresário Roberto Amaral.

“Era uma necessidade do mercado. Você não pode, toda vez que você vai na rua, estar acompanhado. Então o boneco era uma oportunidade da pessoa sair de casa na madrugada, pegar uma viagem e ter uma pessoa do lado. Um boneco simulando a presença de uma outra pessoa”, diz o empresário.

Roberto lançou o boneco de segurança em 2008. Ele investiu R$ 100 mil em moldes, protótipos e patente. O produto é feito de tecido de nylon, igual ao de guarda chuva, com o rosto em látex. O boneco é acionado por um motor que funciona como uma bomba de ar. A produção é terceirizada.

“Conforme eu tenho volume maior de vendas eu vou usando terceirizado ao invés de ter aqui comigo as pessoas produzindo. Então acaba o custo, todo o processo, acaba ficando mais em conta”, explica Amaral.

Se considerar a matéria-prima e a mão de obra, cada boneco custa para a empresa R$ 150 – e é vendido por R$ 350. Hoje, o empresário Roberto Amaral vende 35 unidades por mês. Mas quer chegar a mil, ainda este ano.

“A partir do mês que vem, a gente já vai estar trabalhando com departamento de marketing, fazendo divulgação em site, propaganda, rede social. A gente acredita que, com essas ações, vai vender um número maior de bonecos”, aposta o empresário.

Fonte: www.globo.com

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