Publicado em 15/06/2013 as 12:00am
Celular diminui tempo de saque e evita filas em bancos
Celular diminui tempo de saque e evita filas em bancos
Os celulares com acesso à internet são os novos aliados de consumidores que querem abreviar ao máximo sua passagem pelas agências e caixas bancários.
Tecnologias apresentadas nesta semana na Ciab, feira anual de automação bancária, em São Paulo, prometem diminuir o tempo gasto em operações que ainda exigem ida ao endereço físico do banco, como os saques de conta-corrente.
A fabricante de terminais Itautec apresentou um terminal de autoatendimento (ATM) que permite ao usuário iniciar o saque por meio de seu smartphone, no aplicativo do banco, e apenas fazer a retirada do dinheiro na máquina.
A liberação do dinheiro ocorre com a aproximação do aparelho no terminal e autenticação biométrica, dispensando a seleção inicial de opções e digitação de senhas.
O processo leva um terço do tempo de uma operação de saque normal, de acordo com a fabricante.
A operação só é possível nos celulares que utilizam a tecnologia NFC (de comunicação por aproximação). Poucos modelos vendidos no Brasil, no entanto, adotam o sistema.
MENOS ESPERA
A mesma tecnologia NFC é utilizada em outro equipamento lançado na feira, utilizado para agilizar o atendimento nos caixas das agências.
O usuário dá início ao atendimento fora da agência bancária, selecionando o tipo de serviço que irá efetuar, por meio de um aplicativo no celular. O programa irá informar o tempo previsto para atendimento, fazendo o cliente ganhar tempo até chegar ao local.
Ao chegar no banco, ele deve aproximar o aparelho de um totem de atendimento para ser identificado e atendido.
Os dois produtos, desenvolvidos pela fabricante nacional, recentemente vendida para o grupo japonês Oki, devem chegar ao mercado nos próximos dois anos.
"Nosso objetivo é ter soluções que aumentem a eficiência dos bancos e deem mais comodidade aos correntistas", diz Wilton Ruas, vice-presidente de automações da Itautec.
A solução NFC (Near Field Communication, na sigla em inglês) também é uma das apostas de bancos, operadoras de telecomunicações e outras empresas financeiras para fazer deslanchar o pagamento por meio dos smartphones, o chamado m-payment.
MÁQUINA DE CÂMBIO
Outro equipamento apresentado pelas fabricantes no evento de automação são os terminais eletrônicos que realizam operações de câmbio.
Após o Banco Central ter aprovado regulamentação que permite realizar essa transação em caixas eletrônicos, em julho de 2012, as primeiras máquinas foram desenvolvidas por fabricantes nacionais e estrangeiros.
O terminal faz a transação ao permitir a introdução de notas de uma determinada moeda e retirada de cédulas de outra moeda. Alguns disponibilizam notas de até 15 diferentes moedas.
A operação depende da identificação do usuário, que é feita por meio da introdução de um cartão de bandeira internacional.
A fabricante alemã Hess tem expectativa de instalar cerca de 200 unidades no país até o início da Copa do Mundo, em 2014. A companhia vende os aparelhos, conhecidas como "máquinas cambiadoras", para 50 países.
Uma das máquinas já está em funcionamento no shopping Galeria, em Campinas (SP). A operação é de uma casa de câmbio local -uma das três instituições autorizadas pelo BC a instalar o equipamento, além de bancos tradicionais e bancos de câmbio.
Segundo Demilson Guilhem, da Hess, além da demanda dos estrangeiros que devem visitar o Brasil nos grandes eventos esportivos, os brasileiros são um dos motivos da alta expectativa de vendas, "por viajarem cada vez mais para o exterior".
A fabricante diz que negocia a instalação de mais um dos terminais de câmbio no aeroporto de Guarulhos. "O volume de negociações aumentou muito após a regulamentação", diz o executivo.
A Itautec, que também desenvolveu o equipamento, afirma conversar com grandes bancos a respeito da venda e instalação dos terminais.
Fonte: www.uol.com