Publicado em 19/11/2015 as 12:00am
Pela primeira vez em 12 anos, prévia da inflação acumulada passa de 10%
Inflação é a maior desde 2003
O IPCA-15(Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou em novembro e ultrapassou o patamar de 10% no acumulado em 12 meses pela primeira em 12 anos.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada ficou em 10,28%. A alta no período foi a mais elevada desde novembro de 2003 (12,69%).
O objetivo do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, a inflação pode variar entre 2,5% e 6,5%.
A inflação ficou em 0,85% entre o final de outubro e o começo de novembro. É a maior alta para meses de novembro desde 2010, quando os preços haviam subido 0,86%.
Isso significa uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o indicador havia registrado alta de 0,66% nos preços. Em novembro de 2014, o IPCA-15 havia sido de 0,38%.
No acumulado do ano (janeiro a novembro), a alta foi de 9,42%, a maior para o período desde 2003, quando o índice foi de 9,36%. Em 2014, considerando o mesmo período, a taxa estava em 5,63%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (19).
Combustível pesa sobre IPCA-15
O item combustível foi o principal responsável pela alta do IPCA-15 em novembro, respondendo por 35% do índice após alta nos preços de 5,89%. O aumento da gasolina nas bombas, que acumula 6,48% entre outubro e novembro, veio da alta de 6% nos preços das refinarias, reajuste em vigor desde o dia 30 de setembro, ressaltou o IBGE.
Com isso, o grupo Transportes foi o que apresentou a maior variação em relação ao mês anterior, ao acelerar a alta a 1,45% neste mês, sobre 0,8%.
Alimentação e Bebidas também exerceu forte pressão, com alta dos preços de 1,05%, contra 0,62% em outubro.
Metodologia
O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Com Reuters)
Fonte: uol.com.br