Publicado em 26/01/2016 as 12:00am
Com dólar caro, gastos de brasileiros no exterior caem 32% em 2015
Gasto de brasileiros no exterior cai 32% em 2015 e tem menor valor em 5 anos
Os brasileiros gastaram em viagens internacionais um total de US$ 17,357 bilhões em 2015, o valor mais baixo desde 2010, quando os gastos foram de US$ 15,965 bilhões.
Em relação a 2014, que registrou US$ 25,567 bilhões em gastos de brasileiros com turismo, houve queda de 32,11% no ano passado.
No mês de dezembro, os gastos ficaram em US$ 1,245 bilhão, recuo de 42,25% em relação ao mesmo mês de 2014, quando os gastos com turismo no exterior tinham sido de US$ 2,156 bilhões.
Os números são do Banco Central (BC) e foram divulgados nesta terça-feira (26).
O recuo dos gastos de brasileiros no exterior deve-se ao dólar mais alto, que encarece as passagens e as diárias de hotéis calculadas em moeda estrangeira.
Analistas do mercado financeiro projetam que o dólar encerrará este ano cotado a R$ 4,30.
Gasto de estrangeiro no Brasil cai
Já os turistas estrangeiros gastaram US$ 5,844 bilhões no Brasil em 2015. O valor é 14,6% menor que o registrado no ano anterior, de US$ 6,843 bilhões.
Considerando o mês de dezembro, em que os estrangeiros deixaram US$ 592 milhões no país, houve uma alta de 10% em relação a dezembro do ano passado, quando gastaram US$ 538 milhões.
Com isso, a conta de viagens internacionais (receitas menos despesas) no ano de 2015 ficou negativa em US$ 11,513 bilhões. O saldo, porém, é melhor que o do ano passado (-US$ 18,724 bilhões).
Nova metodologia do BC
Em abril de 2014, o BC adotou nova metodologia internacional para medir as contas externas.
Dentro da conta de serviços, onde estão os gastos com viagens, o BC passou a apresentar novas linhas, como serviços de propriedade intelectual (antigos royalties), e telecomunicações, computação e informações, que capta despesas com software, por exemplo.
A nova nota também traz outros serviços --pesquisa, desenvolvimento, publicidade, engenharia, arquitetura, limpeza e despoluição--, e serviços culturais, pessoais e recreativos.
Fonte: http://economia.uol.com.br/