Publicado em 1/02/2016 as 12:00am
Crescimento econômico dos EUA desacelera a 0,7% no 4º tri de 2015
O ritmo de crescimento ficou em linha com as expectativas dos economistas, mas mostrou forte desaceleração
O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou com força no quarto trimestre com os esforços das empresas para reduzir seu excesso de estoques e com o dólar forte e a demanda global fraca pesando sobre as exportações.
O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a uma taxa anual de 0,7%, informou o Departamento do Comércio nesta sexta-feira (29), com os preços baixos do petróleo continuando a minar os investimentos das empresas de energia e com as temperaturas amenas atípicas cortando os gastos dos consumidores com serviços e vestuário.
O ritmo de crescimento ficou em linha com as expectativas dos economistas, mas mostrou forte desaceleração ante os 2% registrados no terceiro trimestre. A economia cresceu 2,4% em 2015, após uma expansão similar em 2014.
Estoques altos
Alguns dos entraves ao crescimento --estoques e temperaturas moderadas-- são temporários e a economia deve se recuperar no primeiro trimestre. Excluindo os estoques e o comércio, a economia cresceu a um ritmo de 1,6%.
De qualquer forma, o relatório do PIB pode pressionar o mercado acionário, que tem sido corroído pelos temores de crescimento econômico anêmico tanto nos EUA quanto na China.
Os negócios acumularam US$ 68,6 bilhões em estoques. Embora seja menor do que os US$ 85,5 bilhões registrados no terceiro trimestre, o número veio um pouco superior ao que os economistas esperavam, sugerindo que os estoques podem continuar sendo um peso para o crescimento no primeiro trimestre.
Valorização do dólar
O dólar, que se valorizou 11% contra outras moedas de parceiros comerciais dos EUA desde janeiro passado, provavelmente continuou um peso para as exportações, levando a um déficit comercial que subtraiu 0,47 ponto percentual do crescimento do PIB no quarto trimestre.
O investimento em construção residencial continuou um ponto positivo, subindo 8,1%.
Fonte: http://br.reuters.com