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Publicado em 21/07/2018 as 12:00pm

Economia da Flórida chega a US$ 1 tri e atrai investidores brasileiros

Dados divulgados pela Câmara de Comércio da Flórida registram o expressivo crescimento...

Dados divulgados pela Câmara de Comércio da Flórida registram o expressivo crescimento econômico do estado americano. A soma alcançada supera U$ 1 trilhão de dólares e o crescimento do PIB foi estimado em US$ 2,74 bilhões por dia. Além do potencial turístico que o estado implementa ao longo dos últimos anos, as vantagens para abertura de novos empreendimentos e acolhimento de investimentos são razões que podem justificar este resultado positivo.

Em coletiva de imprensa o Governador do estado, Rick Scott considerou o resultado como um momento histórico para a Flórida. "Trabalhamos muito nos últimos anos, todos os dias, para garantir a geração de empregos no setor privado, conseguimos aumentar o PIB 37% desde 2010", ponderou o Governador considerando a aliança entre os diversos setores da sociedade como a mola motriz para o resultado econômico.

RELAÇÃO BRASIL X FLÓRIDA

Dados da organização Brazil-Florida Council mostram que a relação comercial entre os mercados do Brasil e da Flórida também cresceu. Em 2016, o total de importações e exportações entre os mercados foi de pouco mais de 18 milhões. Em 2017 a relação comercial bilateral alcançou 19 milhões. O consultado brasileiro em Miami estima a comunidade brasileira residente no estado em mais de 400 mil pessoas.

"Passamos por uma grande onda de investidores brasileiros que acreditam na força da moeda e estabilidade americana para investir aqui nos Estados Unidos e sobretudo aqui na Flórida. O cenário é ideal e nós temos sido cada vez mais procurados por investidores que cogitam trazer seus projetos financeiros para cá", afirma o economista brasileiro que atua na empresa Oxford Group – consultoria especializada em investimentos – localizada na Flórida e que auxilia investidores brasileiros há quase 30 anos.

Este crescimento econômico, segundo o economista, se reflete na arrecadação onde os impostos sobre as vendas atingiram cerca de $3 bilhões em maio deste ano. "Na atual administração estadual, foram criados mais de 1,5 milhão de empregos e pagou – liquidou, cerca de 25% de todas as dívidas acumuladas na Flórida desde a sua criação como Estado. De maio de 2017 a maio de 2018 o emprego na Flórida aumentou em 2,1% enquanto nos EUA como um todo o aumento foi de 1.6%. Em consequência, a taxa de desemprego no Estado é de 3,8%", explica Carlo Barbieri.

CENÁRIO IDEAL PARA MORAR E INVESTIR

Para os investidores, vale saber que até 2030 a Florida estará agregando mais 6 milhões de pessoas em sua população atual registrada em 20 milhões, o que deve ter como consequência, a criação de oportunidades de negócio. Últimos dados divulgados pelo Governo além da população local, a Flórida recebe 116.5 milhões de turistas todo ano.

Segundo levantado por Carlo Barbieri, além das condições de investimento ideais, muitos brasileiros procuram o estado americano também pela qualidade de escolas para os filhos. As escolas na Flórida tem obtido notas relevantes em termos nacionais, tendo atualmente 82.3 % no seu colegial (High School) e segue crescendo.

"A renda per capta segue crescendo sendo atualmente de $46,858. Cerca de 65,5% da população tem casa própria. O número de novas autorizações de construção de residências, assim como de vendas, tem aumentado significativamente, atingindo quase 30.000 residências vendidas em maio de 2018 e 8.000 novas autorizações de construção, no mesmo mês. Em pesquisa junto a população da Flórida, 52% acham que o estado está indo na direção certa, contra 30% que pensa ao contrário", destaca Carlo Barbieri.

MAIS BRASILEIROS INVESTINDO NA FLÓRIDA

O Oxford Group detectou um aumento de 40% na procura por brasileiros interessados em investir no estado americano em 2018. Segundo Barbieri, essa alta procura se deve a diferentes fatores favoráveis não apenas no estado, mas também na política econômica adotada por Donald Trump para favorecer empresas. Ele destaca duas razões: Impostos baixos para as empresas (caíram de 35% para 21%), a insegurança pessoal, jurídica e institucional, além da precária capacidade de recuperarão econômica do Brasil que está fazendo com que, mesmo mantendo sua atuação no país, as empresas estejam se organizando para se internacionalizar.

"O atual governo, do ponto de vista econômico, tem implementado uma profunda desregulamentação para agilizar a economia e tirar custos desnecessários e retardadores do progresso. Com a confiança do mercado, valorizou a poupança do americano e nos que investem nos EUA. Mais de $7 trilhões foram acrescidos ao valor das inversões nas bolsas de valores. A taxa de crescimento tem sido o dobro da obtida, em média, nos últimos 8 anos", afirma o economista.

Segundo Carlo Barbieri, uma mudança de conceito promovida nos Estados Unidos faz com que a taxação americana seja territorial e não mundial para empresas que operam em outros países. "Isso faz com que, na prática, em especial nos países com tratados tributários, os lucros obtidos em outros países não são taxados ao serem trazidos para os EUA. A transferência das sedes de empresas está sendo galopante", afirma. (Texto: Investimentos e Notícias)

Fonte: Diogo CCR

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