Coluna Saúde da Mulher: Envelhecer Com Saúde e Felicidade.

O envelhecimento é um processo natural da vida. No momento em que nascemos começamos a envelhecer. Ao encarar a velhice como uma oportunidade de aproveitar o tempo como um aliado e não como inimigo é para poucos.

Avaliando de forma negativa, a cada ano que passa, na verdade chegamos mais próximo ao fim da vida. A velhice está associada com uma série de problemas de saúde, assim como limitações físicas e cognitivas, quando a capacidade de absorver informações. 

No ano de 2020 foi realizado o Censo demográfico  que levantou os dados estatísticos de habitantes de uma nação. A proposta é coletar as informações de todos os habitantes; tais como: idade, sexo, raça, religião e assim poder determinar como o governo de cada região deve estar representando, além da necessidade na área de política pública.

As informações obtidas através do Censo, além de cálculos que projetam tanto a qualidade como o tempo de vida da população demonstram que o ser humano está aumentando o tempo de vida. Com o aumento do acesso a serviços de saúde pública e a evolução da medicina, a projeção é que nos Estados Unidos em 2050 a população acima de 65 anos será de mais de 83.7 milhões enquanto em 2012 haviam 43.1 milhões. Isso representa que chegaremos perto do dobro do número de idosos. Já o Brasil é considerado o país com maior aceleração do aumento do envelhecimento.

Mas o que isso significa para você hoje? Se você pretende ter a oportunidade de envelhecer e poder aproveitar ao máximo a saúde e liberdade, você precisa começar a investir agora. Sim, se vamos fazer parte do grupo de privilegiados que tiveram a chance de viver por várias  várias décadas, então devemos começar a nos preparar para essa fase da terceira idade agora.

Quanto mais cedo começarmos a nos preparar para a velhice, mais oportunidades de vivermos com: intensidade, autonomia e independência será possível. Segundo a geriatra Dra. Claudia Quintana Arantes, a autonomia é o poder de tomar decisão. A independência é o poder de colocar a autonomia em prática. Quando alguém, por alguma razão, perde a capacidade de ter autonomia sobre a sua própria vida, ela se torna ao mesmo tempo dependente e vulnerável; pois entrega involuntariamente o controle da sua vida a alguém. Por outro lado, quando alguém se torna incapaz de se locomover sozinho; por exemplo, essa pessoa perde a condição de fazer o que gostaria ou necessita sem se sentir obrigado(a) a se submeter a ajuda do outro.

Dentro do quadro dos maiores desafios enfrentados pelos os idosos, a demência é a doença mais comum. A medicina ainda não encontrou a cura para o Alzheimer e isso representa que o risco de desenvolver essa doença degenerativa; que afeta especialmente pessoas com mais de 85 anos;  é muito alto. A Organização Mundial de Saúde (OMS), prevê que o número de diagnósticos de demência irá dobrar até 2050, podendo chegar a um aumento de até 500% na América Latina. Apesar da falta de cura para o Alzheimer, existe tratamento e também algumas formas de amenizar as dificuldades do avanço dos sintomas.

Um outro desafio da velhice além das doenças físicas, é a falta de condição econômica para manter o padrão de vida além após a aposentadoria. Após a aposentadoria, muitos idosos perdem boa parte da renda, principalmente quando não conseguem se organizar financeiramente durante os anos de trabalho. Essa realidade, somada a situação socioeconômica enfrentada por vários países,  acarretam desafios ainda maiores em relação a qualidade de vida do idoso. Muitos idosos passam a depender financeiramente de seus filhos que por sua vez não tem condições de proporcionar o apoio necessário.

Enquanto ao mesmo tempo, o mercado de trabalho não oferece oportunidade para o idoso que precisa ou deseja continuar trabalhando.

Segundo a Dra. Ana Claudia, outra dificuldade enfrentada por aqueles que estão na terceira idade é o luto. Além de sofrer ao perceber que seus amigos e familiares estão morrendo, o luto dos sonhos que não foram realizados, da viagem que não aconteceu e das condições de manter a capacidade física torna o envelhecimento ainda mais doloroso e difícil de superar.

Se a única forma possível de fugir do envelhecimento é morrer antes, e a tendência é que baseando-se nos resultados dos estudos sobre a longevidade nos tempos modernos, iremos viver mais do que os nossos pais, então devemos nos preparar para a superar os problemas relacionados ao envelhecimento.

Na próxima edição vamos aprofundar como é possível envelhecer bem e melhor de maneira a fortalecer tanto o acesso à saúde quanto a felicidade.

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Fonte: Da redação