Publicado em 21/08/2013 as 12:00am
Federação de Jornalistas condena pressão à imprensa no caso Snowden
Federação de Jornalistas condena pressão à imprensa no caso Snowden
Bruxelas, 21 ago (EFE).- A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) considerou nesta quarta-feira que as pressões recebidas pela imprensa britânica após as revelações do ex-técnico da CIA, Edward Snowden, constituem um ataque à liberdade de expressão e um grave abuso da lei.
A FIJ denunciou a detençãodurante nove horas em um aeroporto de Londres do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista que divulgou as informações vazadas por Snowden, e a destruição de documentos do jornal "Guardian", que publicou a informação de Snowden.
A federação reivindicou a revisão das normas antiterroristas na Europa, emcomunicado conjunto com a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) e o sindicato nacional de jornalistas de Reino Unido e Irlanda.
A FIJ explica que a legislação atual permite reter e interrogar viajantes sob o pretexto de prevenir o terrorismo e que os afetados não têm direito a permanecer em silêncio ou receber assessoria jurídica, podendo permanecer detidos por até nove horas.
Miranda assegura que durante o tempo que permaneceu detido não foi feita nenhuma pergunta sobre terrorismo, mas se viu obrigado a revelar senhas de contas de e-mail e redes sociais e teve seu equipamento eletrônico confiscado.
Após este incidente, o editor do "Guardian", Alan Rusbridger, revelou que o governo britânico o obrigou a "devolver ou destruir" o material obtido de Snowden e que apagou dois discos rígidos na presença de analistas de segurança.
"Estamos consternados e profundamente preocupados pelos fatos ocorridos no Reino Unido nos últimos dias", declarou o presidente da FIJ, Jim Boumelha, em comunicado. "A detenção de David Miranda e as revelações do 'Guardian' são indícios claros de que houve um abuso dasleis antiterroristas no país".
Boumelha considerou que estes eventos levantam perguntas cruciais sobre o uso da legislação que permite esses interrogatórios, assim como sobre o papel dos ministros britânicos no ocorrido. "Apoiamos que o parlamento britânico cheque quem e por que foi pedido ao 'Guardian' que destruísse os documentos".
A FIJ denunciou a detenção
A federação reivindicou a revisão das normas antiterroristas na Europa, em
A FIJ explica que a legislação atual permite reter e interrogar viajantes sob o pretexto de prevenir o terrorismo e que os afetados não têm direito a permanecer em silêncio ou receber assessoria jurídica, podendo permanecer detidos por até nove horas.
Miranda assegura que durante o tempo que permaneceu detido não foi feita nenhuma pergunta sobre terrorismo, mas se viu obrigado a revelar senhas de contas de e-mail e redes sociais e teve seu equipamento eletrônico confiscado.
Após este incidente, o editor do "Guardian", Alan Rusbridger, revelou que o governo britânico o obrigou a "devolver ou destruir" o material obtido de Snowden e que apagou dois discos rígidos na presença de analistas de segurança.
"Estamos consternados e profundamente preocupados pelos fatos ocorridos no Reino Unido nos últimos dias", declarou o presidente da FIJ, Jim Boumelha, em comunicado. "A detenção de David Miranda e as revelações do 'Guardian' são indícios claros de que houve um abuso das
Boumelha considerou que estes eventos levantam perguntas cruciais sobre o uso da legislação que permite esses interrogatórios, assim como sobre o papel dos ministros britânicos no ocorrido. "Apoiamos que o parlamento britânico cheque quem e por que foi pedido ao 'Guardian' que destruísse os documentos".
Fonte: www.uol.com