Coluna Camarim do BT

Luiz Chuim de Siqueira é baterista, professor, compositor, autor e produtor musical.
Iniciou sua carreira como músico em 1962 em Jacareí SP. Residiu em Santa Branca onde fez parte do conjunto The Jets e em 1964 passou a fazer parte do “Sérgio Weiss e Seu Conjunto” em São José dos Campos. Em 1965 foi para o conjunto Biriba Boys com quem gravou dois Lps, todos os conjuntos citados trabalhavam principalmente com bailes.

Foi convidado a participar do conjunto do organista “Lafayette” no Rio de Janeiro com quem, além de bailes, chegou a gravar e a fazer shows na Argentina. Em seguida trabalhou com a “Orquestra do Ed Maciel”, também no Rio de Janeiro. No ano de 1970 mudou-se para São Paulo onde começou a estudar percussão erudita, sendo mais tarde membro fundador do primeiro grupo de percussão desse gênero no Brasil. O “Grupo de Percussão do Conservatório Musical do Brooklin Paulista” sob a regência do Professor Claudio Stephan se apresentou no Masp, Biblioteca Mario de Andrade, Sala Cecília Meireles (no Rio de Janeiro), entre outros.

Nesse período trabalhou com muitos músicos em São Paulo. Gravou uma série de programas “Um Piano ao Cair da Tarde” na Rádio Eldorado com o pianista Mozar Terra e o contrabaixista Jorge Oscar e participou de programas na TV Cultura.
Trabalhou em duas temporadas de shows no Teatro de Arena, sendo uma com o compositor e cantor “Carlinhos Vergueiro”, e outra com o grupo “A Rapaziada”. Gravou um disco com composições do violonista e cantor “Amado Maita”, e fez uma temporada de shows com a cantora “Lenny Andrade” e em seguida outra temporada com o cantor e compositor “Johnny Alf”. Viajou em 1973 para os Estados Unidos para uma temporada com o pianista “Breno Sauer”. Em 1975 foi para Paris onde trabalhou com vários grupos, entre eles o grupo da pianista “Tânia Maria”.

Formou com Mozar Terra, Ricardo Santos, Manassés Lourenço, Alfredo do Nascimento e Pascal Jangotian o grupo “Boa Nova” especialmente para realizar uma turnê na Dinamarca. Após o retorno do grupo “Boa Nova” para Paris, permaneceu na Dinamarca durante 7 anos, onde tocou e gravou com “Chrstian Sievert”, “Ariel”, “Grupo de Jazz da Radio da Dinamarca”, “Estambul Express”, “Dr. L. Subramanian”, “Johnny Dyani and Witchdoctor´son”, “Guilherme Vergueiro”, ‘Mose Harper”, “Torben Klaer Jazz Quintet” (com quem também viajou para o Festival de Jazz na Polônia). Participou de dois musicais My Fair Lady e Kiss Me Kate, com os quais viajou toda a Dinamarca e norte da Alemanha.
Gravou um material didático Six Brasilianke rythmer, Brasiliansk rythmer e foi professor em Escolas, Colégios e Universidades totalizando 960 (novecentos e sessenta) horas de ensino que foram registradas no MEC através da Embaixada do Brasil naquele país.

De volta ao Brasil em 1983 fez uma temporada tocando com a “Orquestra Tabajara” e foi professor na Unicamp no primeiro curso superior de música popular do país. Tocou com “Marito Correa”, com quem também gravou na TV Cultura, e gravou uma nova série do programa “Um Piano ao Cair da Tarde” com o pianista Mozar Terra e o contrabaixista Peter Wooley.

Em 1988 viajou para os Estados Unidos como professor convidado da Iowa State University e se apresentou no Grinell College. Retornou a Dinamarca para um curso na Den Rytmiske Musik Knservatorium, onde gravou mais um disco, este com o violonista “Christian Sievert”. No ano de 1997 foi convidado pela St. Paul a Escola Britânica de São Paulo para desenvolver um departamento de música rítmica e lá permaneceu até 1999, indo em seguida para St. Francis International College, também em São Paulo, onde trabalhou até 2004.

Em Jacareí tem desenvolvido o projeto Samba-Jazz que se apresentou na Associação Comercial tendo como convidado o percussionista Benedito Rosas, o Carioca, Pedro Luiz (em memória) e o saxofonista norte americano John Berman, tendo com esse se apresentado também na Sala Mario Lago.

Fez parte de orquestras dentro em apresentações anuais de concertos e óperas. Esteve recentemente na Dinamarca para uma série de apresentações chamadas Tribute to Boa Nova, que foi a comemoração dos 40 anos da chegada do primeiro grupo instrumental brasileiro naquele país. No momento trabalha com o “Chuim Quarteto” e a “Orquestra Cadência Brasileira”.

O Chuim Quarteto que leva o nome do seu criador e líder é uma versão nacional do formato utilizado pelo baterista Luiz “Chuim” Siqueira em suas apresentações internacionais de Samba Jazz.

Trio com piano, baixo e bateria + “sopros” no caso Sax Tenor.O grupo se dedica a criar plateias e novos ouvintes de samba-jazz, a música brasileira tocada ao estilo jazzístico mas que preserva o sabor original dos ritmos. Para isso são utilizados arranjos que foram tocados ao longo de décadas de apresentações desse estilo na Europa e Estados Unidos. Alguns dos arranjos são originais criados pelos próprios compositores, Mozar Terra, Ricardo Santos, Johnny Alf, Kaximbinho, George Gershwine por Lars Torgeby, Guilherme Vergueiro e Alfredo do Nascimento. Obrigado Chuim, por dividir conosco esse pedaço da cultura Brasileira, que você conseguiu levar para o mundo inteiro! Pessoal, procurem por “Chuim Batera “na mídia social!

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Fonte: Redação - Brazilian Times.