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Publicado em 16/07/2020 as 8:30pm

Coluna Wendel Stein

NOVEMBRO DE 63, STEPHEN KING EM FORMA "Não pedimos este salão ou esta música. Fomos...

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NOVEMBRO DE 63, STEPHEN KING EM FORMA

"Não pedimos este salão ou esta música. Fomos convidados a entrar.
Portanto, porque a escuridão nos rodeia, voltamos nossos olhos para a luz.
Suportamos os momentos de dificuldade para agradecermos os de abundância.
Foi nos dada a dor para nos surpreendermos com a alegria.
Foi nos dada a vida para não aceitarmos a morte. Não pedimos este salão ou esta música. Mas já que estamos aqui, vamos dançar." - Stephen King

Sempre fui um fã incondicional de Stephen King, uma lenda da literatura norte americana e amado por milhões de leitores brasileiros. Eu, desde que li seu primeiro livro, “Carrie a estranha” há muito tempo atrás, virei seu fã. No total foram mais de 60 trabalhos lançados, dezenas de adaptações para o cinema, televisão e quadrinhos. E ele já beirando os 72 anos ainda continua escrevendo com força total, lançando uma média de dois livros por ano e sendo o nono autor mais traduzido no mundo,

Algumas obras de Stephen King são complicadas em transformar em filmes devido à complexidade e quantidade de personagens. Vamos lembrar que boa parte de suas histórias tem mais 500 páginas, com dezenas de personagens. Cabe ao roteirista a difícil missão de conseguir transformar as suas histórias no formato cinematográfico adequado, transportando a essência do livro para a película. Alguns bons trabalhos de adaptações são os filmes “Conta Comigo”, “A espera de um milagre”, “Carrie, a estranha”, “Um sonho de liberdade” e agora em formato de minissérie, Novembro de 63”, baseado no livro com o mesmo nome.

Fiz a leitura desta obra ainda em sua versão original, em um pequeno leitor kindle; encantei-me de imediato com a história que conta a jornada do pacato professor de inglês Jake Epping e suas viagens no tempo. Tudo nos convence, pois é muito real. No começo da trama ele está na sala de aula e emociona-se com o relato escrito pelo faxineiro idoso Harry Dunning. A redação de Dunning conta como sua família foi assassinada décadas atrás, quando ainda era uma criança. Não vou deixar spoilers, mas Stephen King nunca deixa um fio sem ligação.

No percurso da jornada, descobrimos que o professor Epping é uma pessoa divorciada e solitária. Uma de suas rotinas principais era ir à lanchonete da cidade comer hambúrgueres baratos e deliciosos. A primeira reviravolta da história, de muitas outras ocorre quando o dono da hamburgueria, o senhor Al, conta a Jack um segredo e dá a ele uma missão, voltar ao passado e deter o assassinato de John F. Kennedy. O bacana no livro é como essa história se torna crível para o leitor, e na hora que entramos neste mundo somos inteiramente envolvidos. A viagem no tempo nunca foi tão plausível e real.

Stephen King mostra novamente porque ele é genial. No final da história, cerca de 700 páginas depois, a gente fica com os personagens na cabeça por muito tempo. A gente não quer dizer adeus a eles. Alguns anos depois da publicação do livro veio a produção para televisão. A minha primeira reação foi de apreensão, pois seria uma história de difícil adaptação para a telinha. Descobri que seriam oito capítulos fechados e sem chance de se tornar uma série com temporadas; ponto positivo.

Fui à procura de mais informações então descobri que J.J. Abrams estaria produzindo a adaptação, depois de várias conversas com o próprio Stephen King, ou seja, as chances de ser uma boa produção eram altas. Pouco tempo adquiri a versão em DVD da minissérie a assisti, o resultado foi apenas um: Fantástico.  

Todos os personagens são carismáticos e os vilões desempenham perfeitamente seus papéis. Bridget Carpenter que roteirizou a novela de King acertou ao colocar um personagem, Bill Turcone (George MacKay) em um papel abrangente na trama que não estava no livro, assim o personagem de Jake Epping (James Franco) tinha a quem expor em voz suas ideias e pensamentos (que no livro eram apenas pensamentos). Sadie Dunhill (Sarah Gandon) está maravilhosa no papel da parceira de Franco, muito parecida com a personagem do livro (em beleza e ação) e Lee Harvey Oswald (Daniel Webber) é muito semelhante esteticamente ao personagem histórico que representa. Enfim um ótimo programa para uma maratona com a família.

Nota livro: 9.2 / Minissérie: 7.8

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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