Publicado em 17/07/2020 as 8:00pm
Coluna Belo Horizonte em foco
1- Wu Zetian: “O único Imperador Mulher” (por David Faria). Wu Zetian;(624-705),...
1- Wu Zetian: “O único Imperador Mulher” (por David Faria).
Wu Zetian;(624-705), conhecida como Imperatriz Wu, foi a única mulher na história que ocupou o trono imperial na qualidade de Imperador. Embora outras mulheres tenham tido influência sobre o poder, com posição de imperatrizes consortes ou regentes, a Imperatriz Wu foi a única que reinou como soberana, chegando a proclamar a sua própria dinastia, que interrompeu brevemente a dinastia Tang, que seria restaurada após a sua abdicação forçada, poucos meses antes da sua morte.
De concubina imperial ao posto de imperador, o caminho de Wu Zetian ao poder foi marcado por grandes desafios e muito jogo de equilíbrio, combinados a uma mente de estrategista e, em alguns casos, sangue frio. Embora exercesse grande influência nas decisões do marido, o imperador Gaozong, em público ela procurava manter a imagem de esposa virtuosa e respeitável. Tendo conseguido eliminar seus inimigos, incluindo a antiga imperatriz, Lady Wang, ela havia se tornado de fato a mulher mais poderosa da China medieval.
Uma vez que recebera do pai uma educação elevada, para Wu, as barreiras que dividiam os sexos eram menores do que a sociedade de seu tempo estava preparada para aceitar. Sua história nos serve, portanto, para repensar as relações de gênero estabelecidas na China do século VII, visto que Wu começou a desprezar as antigas convenções sociais, que, por sua vez, delimitavam os espaços e papeis que deveriam ser desempenhados por homens e mulheres.
Após o falecimento do imperador, seu filho com Wu assumiu o trono como Zhongzong. Por intervenção de sua esposa, Lady Wei, o novo imperador se recusou a governar com o auxílio da mãe. O pai da nova imperatriz consorte fora nomeado primeiro ministro, procurando favorecer aos interesses de sua família. Para Wu, essa situação era insustentável. Enraivecida pelo desprezo da nora e a indiferença do filho, ela conseguiu com que Zhongzong fosse acusado de traição e, como punição, fora condenado ao exílio na companhia da esposa. O trono passou então para as mãos do segundo filho de Wu, Ruizong. Este tampouco se mostrara um sucessor a altura do cargo que ocupava, para frustração de sua mãe. Em 690, Wu forçou este segundo filho a abdicar do posto de imperador, assumindo ela mesma o cargo como Wu Zeitan, imperador da China. Foi a primeira (e única vez) em que uma mulher se sentou no trono do dragão, governando diretamente, e não através de homens. A escolha do seu nome como imperador, “Zeitan”, significava “governante dos céus”. “Wu”, por sua vez, poderia ser traduzido como “arma” e/ou “força militar”. Com isso, ela pretendia passar para a população o nítido recado de que uma nova ordem havia chegado ao império.
Tanto em vida quanto na morte, ela permanece uma figura controversa. Até hoje, seu túmulo, localizado num lugar simplório e de difícil acesso em Qian County (província de Shanxi) permanece inviolado, seja por salteadores ou por arqueólogos. Ali repousam os restos da primeira e única mulher na história que usou o título de imperador da China.
2- Era Uma Vez
Diane Valdez é Graduada em História pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB - 1990), Mestra em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG - 1999), Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp - 2006), realizou um estágio de Pós Doutorado na Universidad Nacional de La Plata (UNLP 2012-2013). Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, tem experiência de docência, pesquisa e extensão na área de História, com ênfase em História da Educação, principalmente nos temas: infância e educação, impressos escolares, biografias de educadoras/es, instrução e educação regional, livros seriados de leitura, ensino primário, literatura e história. Autora de livros didáticos de História para o Ensino Fundamental e de livros literários para crianças. Ativista e militante de movimentos dos Direitos Humanos.
3- Você Sabia?
1 – Originalmente, na época em que o Império Romano dominava boa parte do mundo, o mês de julho se chamava Quintilis — que significa “quinto” —, uma vez que esse era o 5º mês do ano no calendário que era usado então.
2 – O nome mudou de Quintilis para Julho por causa do político e líder militar Júlio César. A decisão foi decretada pelo Senado no ano 46 a.C., quando o general romano reorganizou o calendário — e porque esse era o mês de seu nascimento.
3-Ademais do famoso dia 4 de Julho, quando os EUA celebram a sua Independência, outras celebrações importantes do mês é o Dia da Bastilha, na França, em 14 de julho, e o Dia Nacional do Canadá, em 1º de julho, que celebra a data da unificação das três províncias coloniais (Canadá, Nova Escócia e Nova Brunswick) em um único domínio dentro do Império Britânico.
4- o primeiro teste nuclear da História aconteceu no mês de julho, no dia 16, o ano, 1945, e a detonação do artefato aconteceu em Alamogordo, no Novo México.
4- Para Refletir: