Publicado em 7/08/2020 as 2:30pm
Coluna Belo Horizonte em foco
“O Grito” de Munch A-O Grito de Edward Munch de 1893. O pintor Norueguês Edward...
“O Grito” de Munch
“O Grito” é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol.
Usando das cores para traduzir a intensidade dos sentimentos e desprezando a exigência de verossimilhança da pintura naturalista, Edvard Munch dá uma interpretação pessoal do real que abre caminho ao Expressionismo. O quadro foi exposto pela primeira vez em 1903, como parte de um conjunto de seis peças, intitulado Amor. A ideia de Munch era representar as várias fases de um caso amoroso, desde o encantamento inicial a uma rotura traumática. O Grito representava a última etapa, envolta em sensações de angústia.
A recepção crítica foi duvidosa e o conjunto Amor foi classificado como arte demente (mais tarde, o regime nazi classificou Munch como artista degenerado e retirou toda a sua obra em exposição na Alemanha). Um crítico considerou o conjunto, e em particular O Grito, tão perturbador que aconselhou mulheres grávidas a evitar a exposição. A reação do público, no entanto, foi a oposta e o quadro tornou-se em motivo de sensação. O nome O Grito surge pela primeira vez nas críticas e reportagens da época.
Munch acabou por pintar quatro versões de O Grito, para substituir as cópias que ia vendendo. O original de 1893 (91x73.5 cm), numa técnica de óleo e pastel sobre cartão, encontra-se exposto na Galeria Nacional de Oslo. A segunda (83,5x66 cm), em têmpera sobre cartão, foi exibida no Museu Munch de Oslo até ao seu roubo em 2004. A terceira pertence ao mesmo museu e a quarta era propriedade de um particular, até ser vendida, em maio de 2012, e tornando-se pintura mais cara da história a ser arrematada, num leilão, por 119,9 milhões de dólares.
Assim como a maioria das pinturas expressionistas, O Grito também coloca na tela os dramas mais obscuros da sociedade e do pintor. Munch subverte a atmosfera e a figura protagonista da obra com ondulações de tons vivos e sombrios, até reproduzir o reflexo de um espelho deformante. Sempre exteriorizando algo negativo, usando das deformações e das cores para causar esta angústia. O Grito é considerado uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um status de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci.
Maria Isabel de Bragança: A rainha que morreu duas vezes
Dona Maria Isabel de Bragança foi uma figura singular da história da aristocracia mundial. Ligada às casas de Bragança e Bourbon, provenientes, respectivamente, da herança paterna, com Dom João VI, e materna, com Dona Carlota Joaquina. Famosa por ser irmã de Dom Pedro I do Brasil, ela não teve grande participação na política brasileira, tendo, contudo, relevância na corte espanhola.
Nascida no palácio imperial português em Queluz, aos 10 anos passou por sua primeira conturbação política quando a França invadiu a Península Ibérica. Diante do episódio, o rei Dom João articuladamente conseguiu a fuga da Família Real para o Brasil. Atravessou o Atlântico com a família e chegou ao Rio de Janeiro pouco mais de um mês antes de seu aniversário, passando a viver com a corte no Palácio de São Cristóvão.
O enfraquecimento de Napoleão Bonaparte e a reestruturação das monarquias ibéricas representaram a oportunidade perfeita para a rearticulação entre Portugal e Espanha, dando origem ao casamento de Maria Isabel e sua irmã, Maria Francisca, com membros da corte espanhola, que voltara ao poder em 1813. Como consequência, em 1816, Isabel casou com o rei Fernando VII de Bourbon(seu tio – irmão de sua mãe), em Madrid.
Maria Isabel era uma entusiasta da arte e erudita. Se encaixava perfeitamente entre os membros mais liberais da corte espanhola. Envolveu-se com relevantes grupos de apreciadores de pinturas e poesias, sempre relatando um sonho de criar um grande acervo com as obras pertencentes aos reis espanhóis (o que deu origem ao mundialmente famoso Museu do Prado).
Embora tenha concebido duas filhas, Maria Isabel não conseguiu criar herdeiros ou herdeiras para o trono espanhol. Sua primeira filha faleceu prematuramente e a segunda gestação repleta de complicações resultou em sua morte quando durante o parto, pensando que Maria Isabel havia falecido em razão de uma parada respiratória os médicos da corte realizaram uma cesariana ás pressas, o que resultou em uma atroz retaliação da região do abdômen da rainha que, na verdade, não estava morta. Quando os médicos começaram os cortes profundos e pouco preocupados, para extraírem a criança, Maria Isabel começou a gritar de dor, se contorcendo. Seu ventre sangrava e ela caiu da cama, com uma hemorragia que se espalhava pelo chão do quarto.
As retaliações cirúrgicas feitas pelos médicos levaram Maria Isabel à morte, num acidente procedimental invasivo e extremamente doloroso. O desastre da cesariana chocou a corte espanhola, que perdeu dois membros (a rainha e sua filha) de uma vez. Diante do primeiro diagnóstico de morte, que levou à verdadeira logo depois, Maria Isabel é conhecida na memória dos espanhóis como “a rainha que morreu duas vezes”, porem seu maior legado foi o início da esplendida coleção de arte espanhola, pelo que ouso alterar o título deste artigo, com toda admiração e reverência para “Maria Isabel: A rainha do Prado”.
3- Você Sabia?
Embora tenha nascido no Egito, a origem familiar de Cleópatra vem da Macedônia. Contam que a família da rainha chegou ao poder depois da morte de Alexandre, O Grande; em 323 a.C. Nessa época, Ptolomeu I era um dos generais do imperador e acabou assumindo as rédias do governo. A partir de então, esse parente distante da rainha fundou a dinastia dos Ptolomeus, que durou quase 3 séculos. Mas, mesmo não sendo etnicamente egípcia, Cleópatra abraçou muitos dos costumes antigos do País. Ela também foi a primeira governante de sua dinastia a aprender a língua do Egito.
Para Refletir:
Fonte: Redação - Brazilian Times.