Publicado em 26/08/2020 as 5:30pm
Coluna Arilda Costa
Minha entrevista esta semana é com o escritor Marcos Rossi. Descendente de italiano e...
Minha entrevista esta semana é com o escritor Marcos Rossi. Descendente de italiano e brasileiro, residente nos Estados Unidos desde 2004 depois de ser “importado” por uma corporação multinacional, Marcos é o que se pode chamar de cidadão do mundo, tendo visitado a trabalho ou a lazer mais de quarenta países em cinco continentes. É fluente em inglês, português e espanhol e tem livros publicados no Brasil e nos Estados Unidos. Ele é profissional de Logística, tendo trabalhado nessa área por mais de duas décadas e ensina a disciplina em uma grande universidade de Miami. No entanto, seu profundo interesse pela natureza humana o levou a estudar o assunto e obter o certificado de coach. Ele também adora história e usa a maior parte de seu tempo livre lendo e assistindo documentários relacionados.
Marcos é casado com Vania Rossi e é pai de Gianlucca e Gianpietro.
O seu tema favorito, o que te inspira?
Creio que o que mais me inspira realmente é deixar um legado para o leitor. Minha ambição é que, após a leitura de um livro meu, a pessoa se sinta motivada a promover mudanças positivas. Quero não só que aprendam algo novo, mas que passem a pensar de forma diferente sobre suas vidas. Por isso, busco focar em transformações de vida, e faço uso de romances históricos para colocar meus personagens em situações desafiadoras.
Você aprendeu algo com alguma crítica? Se aprendeu, isso mudou seu jeito de escrever?
o Sim. Creio que minhas estórias têm um ritmo e dinamismo próprios e para não os perder, por vezes posso ser percebido como superficial na descrição de cenários e de como meus personagens se parecem fisicamente, mais que o ideal para a imaginação do leitor. Alguns leitores já expressaram sua preferência de que esses detalhes sejam incluídos na narrativa. Por isso, tenho procurado encontrar o equilíbrio entre manter o ritmo da estória e prover melhor descrição de cenários e personagens.
De onde vêm os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?
Meus personagens são fictícios, porém, procuro fazer pesquisas sobre quão comuns são os nomes em determinada época e local para guardar uma fidelidade com a realidade histórica. Faço o mesmo com locais mencionados e hábitos da época em questão. Mas o mais importante para mim é que eles sejam humanos e imperfeitos, como qualquer um de nós, e que suas limitações humanas sejam objeto de dramas e conflitos conforme a estória se desenvolve.
Qual será seu próximo livro?
Depois de situar minha última estória na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, senti a necessidade de escrever algo mais centrado na história brasileira e ao mesmo tempo, contar o que sei e pesquisei sobre a vinda de meus descendentes italianos para o Brasil. A imigração italiana é algo que romantizamos nas novelas, mas que na verdade para a maioria dos imigrantes foi um verdadeiro drama. Assim sendo, estou escrevendo sobre a saga de uma família italiana que imigra logo após o fim da escravatura e acaba se enredando em alguns momentos históricos do Brasil no início do século vinte. Estou adorando escrever sobre isso e creio que o resultado será bem interessante.
Fale por gentileza da sua participação no próximo evento do Focus Brasil em Nova York?
Será meu segundo ano participando desse evento tão especial. Creio que a organização está fazendo um tremendo trabalho em converter crise em oportunidade. Com a pandemia, não poderemos participar presencialmente como no ano passado, porém o fato de que será transmitido ao vivo pela internet como uma “live” realmente o fará um evento global e acabaremos chegando a muito mais gente. Estarei num painel sobre romances no dia 11 de setembro e estou muito honrado com o convite.
Quais foram seus livros publicados até agora?
Meu debut foi o “Flores na Varanda” que é uma coletânea de crônicas que buscam inspirar o leitor a mudar hábitos e olhar o mundo por perspectivas diferentes, mais positivas e transformadoras. Em seguida, publiquei “Os Caminhos do Amor em Bread & Joy” que foi meu primeiro romance histórico. Foi meu primeiro pela Underline Publishing que acreditou no livro e o publicou mundialmente. Ambos estão publicados também em inglês (Flowers on the Balcony e Bread & Joy) e disponíveis na Amazon em todo o mundo. No momento estou trabalhando na tradução também para o espanhol.
Qual é a parte mais fácil e a parte mais difícil de escrever um livro?
A parte fácil (ou menos difícil para mim) é a parte da criação. Uma vez que começo a escrever uma estória ela ganha vida própria e começa a me “sugerir” caminhos para chegar onde quero. Vira um “diálogo” permanente em minha cabeça. A parte difícil em meu caso especificamente, é contar minha estória ao mesmo tempo em que a situo num determinado momento histórico que não vivi e em lugares que nunca vi, e isso demanda muita pesquisa. Acaba se convertendo em um pequeno trabalho de engenharia, conciliar o drama dos personagens com o momento histórico, as mensagens que quero transmitir e ainda por cima, fazer tudo isso uma experiência prazerosa para o leitor.
Você tem algum hábito de trabalho? Um horário específico do dia que te inspira mais?
Tenho sim, um horário preferido, mas não por questão de inspiração. Trata-se de uma questão prática mesmo. Tenho meu emprego regular que demanda minha atenção durante todo o dia. A noite minha prioridade é para minha esposa e filhos. Portanto, o único horário que posso escrever é bem cedo, antes que todos acordem. Faço minha meditação e minhas orações e escrevo por uma hora ou um pouco mais. Para que isso seja possível me desperto as 5 da manhã todos os dias.
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Fonte: Redação - Brazilian Times.