Publicado em 1/10/2020 as 11:00am
Em 4 anos Trump endurece normas imigratórias mas mantém atração de mão de obra estrangeira
O presidente americano manteve a imigração nos EUA no centro do debate em sua gestão. Dados...
O presidente americano manteve a imigração nos EUA no centro do debate em sua gestão. Dados das organizações Migration Policy Institute, U.S. Census Bureau e do Departamentos de Segurança Interna americano (DHS) mostram que a imigração no país diminuiu nos últimos anos. Por outro lado, os imigrantes integravam 17% da força de trabalho civil americana em 2018 (dado mais atual).
Números divulgados pelo Migration Policy Institute e pelos Departamentos de Censo e de Segurança Interna dos EUA mostram que a população imigrante está agora, em ritmo menos acelerado que nos últimos anos. O número de pessoas indocumentadas vivendo nos EUA está em queda. A composição da população estrangeira no país também está mudando: os recém-chegados são agora, em média, mais educados do que as gerações anteriores de migrantes para o Estados Unidos.
Até 2018, dado oficial mais recente, 44,7 milhões de imigrantes residiam nos Estados Unidos. Enquanto os números da imigração diminuem de modo geral, a força de trabalho de estrangeiros nos EUA aumenta. No mesmo ano, segundo os dados, a parcela de imigrantes que trabalhavam nos EUA já era três vezes maior que o número registrado em 1970, quando somente 5% da força de trabalho era imigrante.
Uma outra pesquisa do Instituto Pew Research Center, baseada em dados do governo americano, comprova que entre 2007 e 2016 a população imigrante não autorizada nos EUA encolheu 13%. Em contrapartida, a mesma pesquisa mostra que a população de imigrantes legalizados cresceu 22% no mesmo período. Um aumento de mais de 6 milhões de pessoas.
Para o jornalista e escritor brasileiro, que teve a carreira profissional reconhecida como extraordinária pelo Governo americano, Rodrigo Lins, os dados refletem diretamente a estratégia de Donald Trump para conter a imigração não autorizada e fomentar a atração de mão de obra estrangeira qualificada em tecnologia, educação, artes, ciências e outras áreas fundamentais para a economia americana.
"O que vimos ao longo da gestão e Donald Trump, foi uma política de perseguição à comunidade imigrante indocumentada, um trabalho mais ostensivo de proteção nas fronteiras, porém, uma maior concessão de vistos e green cards para profissionais estrangeiros, inclusive do Brasil. O presidente americano sabe das dificuldades do país em formar em nível superior e técnico, profissionais capazes de acompanhar a demanda da economia", explica Rodrigo Lins, que pesquisa a imigração americana e lançou em 2019, um livro sobre como levar a carreira profissional legalmente nos EUA.
Longe dos Coiotes
O pesquisador Rodrigo Lins explica que há, de modo geral, um número cada vez menor de brasileiros dispostos a correr os riscos da imigração não autorizada aos EUA. Segundo ele, o endurecimento e a grande divulgação de Trump contra a imigração não autorizada pode estar deixando os brasileiros mais curiosos em saber as possibilidades imigratórias legais ao país. Lins explica que o governo americano oferece possibilidade de vistos inclusive para profissionais de nível técnico como cabelereiros, maquiadores, tatuadores, Dj’s, entre outros.
"Durante todo o mandato de Trump, o tom alarmista e de tolerância zero com imigração não autorizada pode sim ter desestimulado interessados em imigrar ao país norte-americano de forma incorreta. Até agosto deste ano, 16 aviões fretados pelo governo americano, deportaram centenas de brasileiros que residiam em condições irregulares nos EUA, o que pode ser considerado um aviso do presidente americano aos brasileiros", explica Rodrigo Lins.
Em contrapartida, dados do Departamento de Estado Americano mostram que até 2018, o Brasil foi o país latino americano que mais recebeu vistos EB-5 (autorizações para residir e trabalhar) nos EUA. Foram mais de 300 greencards concedidos a brasileiros que procuraram investir e viver no país. O aumento foi de 37,5% em relação a 2017 e de 1.041,2% em comparação a 2015.
"A oferta de vários vistos imigrantes e não imigrantes pelo governo americano para quem tem carreira profissional no exterior está fazendo com que os brasileiros vejam que não é mais necessário abandonar a vida e a carreira profissional no Brasil para trabalhar em serviços mais braçais - como ocorria há mais de 10 anos - a ideia agora é o oposto, buscar do governo dos EUA o reconhecimento da carreira para trabalhar legalmente aqui", pondera Rodrigo Lins que listou em seu livro "Internacionalize-se: Parâmetros para levar a carreira profissional aos EUA legalmente" todas as possibilidades imigratórias a profissionais brasileiros.
Sem muro para imigrantes Profissionais
Não apenas o governo americano, sob a gestão de Trump, acolheu mais petições de profissionais estrangeiros para residir no país, mas o congresso americano também parece estar engajado em atrair mais mão de obra profissional qualificada do exterior. A Lei de Resiliência da Força de Trabalho em Saúde, proposta pelos senadores Dick Durbin (D-Ill.) E David Perdue (R-Ga.), prevê a disponibilidade de 40.000 novos green cards (documento de residência permanente nos EUA) a médicos e enfermeiros estrangeiros, interessados em trabalhar legalmente no país. O objetivo é atrair mão de obra adicional para o tratamento à covid-19 no país norte americano.
Os números comprovam essa intenção. De acordo com uma pesquisa do Bureau of Labor Statistics (Departamento de trabalho) nos EUA, o percentual de estrangeiros que integram o mercado de trabalho americano e que possuem um diploma de bacharel ou formação superior é, atualmente, de 36,9%. Os que detêm diploma de ensino médio são 25,1%, percentual muito próximo ao de americanos nativos com diploma de ensino médio.
Dos 27,2 milhões de trabalhadores estrangeiros empregados com 16 anos ou mais até 2018, a maior parte, mais de 33%, trabalhava em administração, negócios, ciências e artes. Percentual muito maior que os 13% que atuam em Recursos Naturais, Construção e Manutenção (serviços que há pouco mais de 10 anos eram os mais atraentes a imigrantes).
*Rodrigo Lins é Mestre em Comunicação, Especialista em linguagem audiovisual, Professor universitário, jornalista e escritor, reside legalmente nos Estados Unidos e é autor do livro "Internacionalize-se: Parâmetros para levar a carreira profissional aos EUA legalmente" lançado em 2019. Dirige a agência de Comunicação, Marketing e Imprensa multinacional Onevox Creative Solutions com sede nos EUA. Mais informações: onevoxglobalpontocom
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Fonte: Redação Brazilian Times