Coluna Saúde da Mulher

Câncer de Tireoide - Mulheres em Grande Risco

Janeiro é o mês de conscientização do câncer de tireoide que atinge três vezes mais as mulheres do que os homens, sendo o quinto tumor na região da cabeça e pescoço. Algumas das possíveis causas de aumento do risco, estão: deficiência de iodo, histórico familiar e exposição excessiva à radiação. A prevenção é sempre a melhor maneira de se manter saudável e por isso vamos entender melhor como isso é possível.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Cáncer INCA, no ano de 2020 o número de novos diagnósticos de câncer da tireoide ultrapassaram 13,780 sendo que 11,950 entre mulheres e 1,830 entre os homens. Essa estatística representa a disparidade do número de casos muito maior entre nós mulheres.

Tireóide - Função e localização

A grande maioria das pessoas sabem onde fica localizada a tireoide. A tireoide é uma glândula endócrina responsável por produzir hormônios que controlam o metabolismo. Com o principal papel de agir no funcionamento de todo o sistema do corpo assim como no desenvolvimento e crescimento. A tireoide fica localizada no pescoço logo abaixo da hióide (pomo de adão) chegando a pesar de 15g a 25g em um adulto.

Como saber quando algo está errado com a tireoide

Ao longo da vida, a maioria das pessoas vão apresentar algum nódulo na região do pescoço ao longo da vida, sendo que a maior parte desses nódulos são de origem benigna. Até hoje a medicina desconhece a causa do surgimento dos nódulos, porém as estatísticas demonstram que entre as mulheres o risco de aparecimento dos mesmo aumenta depois dos 40 anos.

A presença de nódulos não significa que a pessoa está com câncer, mas somente através de exames médicos é possível detectar se existe malignidade ou não.

Porém o câncer não é a única doença que atinge a tireoide, duas outras doenças mais comum da tireoide são: hipertireoidismo e hipotiroidismo. No hipertireoidismo ocorre uma superprodução de hormônios devido o aumento da função da gandula podendo apresentar: ansiedade, insônia, emagrecimento e aumento do batimento cardíaco (sensação de que o coração está batendo mais forte), além da hiperatividade. Já no hipotiroidismo os sintomas normalmente se apresentam de forma oposta como: ganho de peso, sonolência, perda de cabelo, depressão e dificuldade com a memória.

Os principais exames para detectar alguma anormalidade nas glândulas da tireoide são os de sangue e o ultrassom. Mulheres acima de 40 anos necessitam serem acompanhadas periodicamente por um médico para poder identificar qualquer sinal de que algo de errado possa estar acontecendo, porém mulheres e homens de qualquer faixa etária devem procurar um profissional da área médica caso venha identificar alguns dos sintomas abaixo:

Aparecimento de nódulos (caroços) no pescoço, assim como atrás das orelhas e próximo aos ombros, aumento ou ganho de peso repentino, oscilação do humor, insônia, rouquidão prolongada (principalmente se não acompanhada de gripes ou resfriados), dificuldade para engolir os alimentos.

Tratamentos

A boa notícia em relação às doenças que atingem a tireoide e que na grande maioria o tratamento e até mesmo a cura é possível especialmente quando o problema é detectado e tratado precocemente.

Na maioria dos casos o principal tratamento contra o hipertireoidismo é através de medicamentos e acompanhamento com médicos especialistas. Porém existe também a possibilidade de intervenção cirúrgica além da terapia com iodo radioativo. 

No caso de um diagnóstico de câncer na tireóide existem procedimentos específicos para cada tipo de câncer podendo incluir: a retirada dos nódulos afetados através da cirurgia seguida do tratamento de radioterapia.

Uma outra ótima notícia para pessoas acometidas pelo o câncer de tireoide e que em se diagnosticado e tratado precocemente o sucesso do tratamento pode chegar até 97% dos casos.

Por isso é muito importante ficarmos atentas a todos os sinais do nosso corpo e manter o controle da alimentação com uma dieta balanceada além de manter sempre em dia todas as consultas com o seu clínico geral.