Publicado em 10/05/2021 as 10:30pm
Coluna Saúde da Mulher
Saúde Mental à Prova Maio, mês das mães, das noivas e da mente. Possivelmente os três...
Saúde Mental à Prova
Maio, mês das mães, das noivas e da mente. Possivelmente os três moram juntos pois exercem um poder que contabiliza a soma dos sonhos, da esperança e da realidade. O amor de mãe, os sonhos de uma noiva e os desafios da mente. Porém, no meio de um momento de tantas dificuldades, como podemos superar as diversidades que colocam a nossa mente à prova?
Durante esse mês, várias iniciativas e projetos voltados para a conscientização da saúde mental ocorrem em todo os Estados Unidos. Nacionalmente, especialistas desenvolvem ações que ajudam no esclarecimento sobre doenças que afetam a mente. Contudo, mesmo com tanta informação, estamos cercadas de notícias relacionadas a realidade que enfrentamos diante dos nossos olhos, quando percebemos mais um caso de alguém que não resistiu a tanta pressão. São pessoas que mesmo depois de lutarem tão profundamente perderam a luta contra a depressão, ou outras que vivem cercadas pelos sintomas da ansiedade e que já não conseguem aproveitar uma noite de sono tranquila.
O mundo está carente de amor e equilíbrio. O mundo está clamando por paz e saúde como nunca antes visto. Estamos fartas de tanta violência contra vidas de milhões de inocentes e sobrecarregadas devido a tanto descaso da parte daqueles que deviam lutar por nós. Além disso, vivemos no meio de uma crise que tem deixado marcas profundas, além de perdas irreparáveis. Como vencer essa prova, o que é possível fazer para que possamos amadurecer ao invés de enfraquecer mesmo que durante uma guerra fria e sangrenta?
A importância de falar sobre saúde mental.
A coluna Saúde da Mulher já abordou várias vezes sobre a dimensão do porquê se dar a devida importância aos cuidados com a nossa saúde mental. A principal intenção é poder contribuir para a diminuição do estigma sobre esse tema pois é, sem sombra de dúvida, o maior inimigo da mente humana. Por se tratar de assuntos tão delicados, acredito que quanto mais falarmos, mais abertas estivermos para encarar a realidade maior é a possibilidade de encontrarmos uma saída tanto da prevenção quanto da cura. Graças aos inúmeros projetos e campanhas a respeito do assunto é possível dizer que hoje estamos vencendo a luta contra esse estigma. Estudos demonstram que nos Estados Unidos, houve uma diminuição de atitudes negativas relacionadas às doenças mentais. O que antes era quase impossível encontrar espaços para tocar no assunto hoje em dia, essas barreiras parecem estar finalmente sendo vencidas.
É perceptível que nós estamos aprendendo a julgar menos as pessoas que sofrem com algum transtorno mental. Diminuiu-se o medo de pedir socorro pois através do aumento do esclarecimento sobre o tema as pessoas já não apontam tanto o dedo para as vítimas de doenças mentais como loucas. Mesmo assim, o preconceito ainda é muito forte e evidente, a falta de informação predomina nos lares de muitas pessoas, o despreparo de alguns profissionais da saúde ainda é prejudicial para o diagnóstico precoce além da falta de acesso e apoio para quem precisa de ajuda é notório. Por isso a necessidade de continuar batalhando em prol de uma sociedade mais saudável e feliz.
Iniciativas que salvam vidas
Junto com o mês de conscientização à saúde mental, projetos que visam a saúde da criança e do adolescente também acontecem com objetivo de valorizar os cuidados preventivos para com os que estão sendo ainda mais atacados durante os últimos anos. As crianças vêm sofrendo muito emocionalmente, principalmente desde o início da pandemia da Covid-19. O isolamento social, as incertezas e os medos relacionados ao Coronavírus. A dificuldade para lidar com a dor por causa da perda de um parente ou da condição financeira provocadas pela pandemia, além de não poder compartilhar com os amigos e até mesmo professores por estarem impedidos do convívio social aumentam os riscos de sucicidio e do abuso de drogas.
Com a finalidade de apoiar adolescentes e jovens, a Associação Americana de Psicologia (APA) promove durante o mês de maio, organizações e projetos na área de saúde mental, divulgando eventos e recursos tanto na área educativa como de tratamento especializado. Um bom exemplo de organização com o trabalho voltado para adolescentes nos Estados Unidos é o Erica 's Lighthouse que promove atividades diversas que proporcionam o empoderamento de adolescentes que sofrem de depressão. Erica 's Lighthouse pode ser uma excelente fonte de informação e oportunidade para adolescentes que preferem se conectar com alguém que fala uma linguagem tão peculiar. Você pode encontrar o link no blog da Plataforma Digital Feminina.
Ainda falando sobre a saúde dos adolescentes, para os pais que preferem conhecer mais sobre o assunto em portugues, existe um blog Psicologia e Terapia que aborda assuntos de interesse para quem está procurando aprender a como apoiar adolescentes com estão enfrentando crises emocionais.
Cuidados Importantes
No Brasil, o mês de janeiro é dedicado à conscientização da saúde mental, conhecido como Janeiro Branco, possivelmente pois a cor branca para nós ocidentais está relacionada com a paz. Claro que falar de paz é falar de equilibrio e o mundo esta carente de paz. Mesmo sabendo que muitas pessoas colocam em prática as principais dicas para manter a saúde mental, é sempre bom ressaltar a importância dos cuidados preventivos, além da necessidade de procurar um especialista licenciado para pedir ajuda, sempre que necessário. Para reforçar as orientações sobre os cuidados com a sua saúde segue algumas sugestões simples e práticas para que o seu dia a dia se torne mais proveitoso enquanto você fortalece o corpo, a mente e o espírito.
Cuidados com o corpo - exercícios diários, mesmo que por 15 minutos apenas ajudam a oxigenação do cérebro além aumentar a produção de hormônios conhecidos como “quarteto da felicidade”: a dopamina, endorfina, serotonina e ocitocina.
Cuidados com a alimentação - uma boa alimentação faz bem não só para o corpo mas também para a mente. Alguns alimentos, contribuem para ativação dos neurotransmissores, responsáveis por manter o equilíbrio no cérebro que estão relacionados, entre outras coisas, ao comportamento. Exemplos de alimentos riscos sem substâncias e nutrientes capazes de proporcionar maior produção dos hormônios da felicidade são:
Banana - além de ser rica em carboidrato, que é a principal fonte de energia, estimula a produção de serotonina além de conter vitamina B6, fundamental na condução dos impulsos nervosos e na prevenção da ansiedade.
Aveia - Outro alimento que contribui para a produção de energia que ajuda a manter o consumo diário de carboidrato que colabora com o humor e equilíbrio emocional, além é claro do poder de controlar a taxa de colesterol no sangue.
Laranja - reduz a quantidade de hormônios do estresse na corrente sanguínea por conter alto teor de cálcio e vitamina C no organismo, além de ajudar na digestão por ser uma fruta rica em fibras.
Peixes e frutos do mar - Ricos em ômega 3, vitamina B12 e selênio uma forte combinação para combater o cansaço tanto físico quanto mental além da ansiedade. (fonte Hormônios da Felicidade por Jasmine Alimentos, 2017)
Cuidados com os sinais de alerta - nem sempre é possível vencer a prova sozinha, muitas das vezes é necessário realmente buscar ajuda. Tudo bem ficar triste e até chorar durante um momento difícil. A vida apresenta inúmeros desafios e estamos aqui para enfrentar todos eles, porém nem sempre é possível aguentar sozinha o peso de tanta luta. Por isso, como mulher, precisamos apoiar umas às outras e dedicarmos um tempo para cuidar da nossa saúde mental também. Caso você conheça alguém que esteja pedindo socorro mesmo que de forma tímida, ou talvez possa ser uma amiga que de repente parou de procurar ou parece se esquivar de tudo e de todos, ou quem sabe essa pessoa seja você, que anda pra lá de desanimada e extremamente sobrecarregada e que pensa ou já pensou em desistir. Você não precisa ficar sozinha, você não está sozinha, basta estender a mão para a pessoa certa deixando de lado a vergonha e culpa por se sentir assim tão, “pra baixo”. Busque ajuda, ofereça ajuda, pois é sempre possível vencer mesmo que você seja colocada à prova.
Coluna Saúde da Mulher
Lidia Ferreira
www.plataformadigitalfeminina.com