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Publicado em 19/07/2021 as 12:30pm

Coluna Saúde da Mulher

Obsessão - Aparência Física A Coluna Saúde da Mulher inicia uma série sobre obsessão....

Obsessão - Aparência Física

A Coluna Saúde da Mulher inicia uma série sobre obsessão. Quando que um comportamento, um pensamento ou um “sonho” passa a dominar e a controlar as pessoas de forma a gerar perigos que podem até levar à morte?

Os noticiários estão repletos de histórias tristes e muitas outras trágicas que envolvem inúmeras pessoas que foram envolvidas pela a obsessão. O perigo pode estar ao lado, dentro de casa,  nas redes sociais, no ambiente de trabalho, nos relacionamentos e inclusive na mente. O tema para essa série surgiu ao assistir uma matéria sobre uma adolescente que faleceu após contrair infecção generalizada depois de ter colocado um piercing na sobrancelha.

Izabela Eduarda de Souza de 15 anos incentivada pela vaidade e as amigas decidiu colocar um piercing de forma irregular utilizando uma agulha comum. Segundo os relatos, Izabela; ao qual o pai mora nos Estados Unidos; mesmo sabendo que sua avó materna e mãe já haviam manifestado que não aprovariam o uso de piercing antes de completar 18 anos, resolveu ir até a casa de uma das amigas para furar uma das sobrancelhas. Sem equipamentos adequados, Izabela teve uma hemorragia logo após o procedimento e se recusou ir ao posto médico imediatamente, provavelmente por receio da reação dos familiares. Infelizmente Izabela, que morava no município mineiro de Engenheiro Caldas, só foi buscar assistência médica três dias depois, quando a infecção já havia atingido todo o rosto. Izabela ainda lutou por oito dias enquanto estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde chegou a ser entubada vindo a falecer após sofrer quatro paradas cardíacas.

Casos como o da Isabela são muito mais comuns do que imaginamos. Uma das coisas que muito me chamou atenção é que a morte da adolescente ocorreu na mesma semana que a minha filha, que tem 18 anos, colocou um piercing na orelha. No dia, minha filha comentou comigo o que estava planejando e mesmo eu pedindo para não fazer sabia que pouco tinha para fazer contra. Com 18 anos, os adolescentes têm o direito de tomar a decisão do que fazer com o próprio corpo sem a autorização por escrito dos pais. Naquele momento eu sabia que a única coisa que eu poderia fazer era me certificar que a minha filha estaria colocando o piercing em um local seguro autorizado e depois acompanhar os cuidados com o curativo e cicatrização do mesmo. Mas até que ponto pequenos procedimentos podem ser o início ou um sinal que existe um problema relacionado com a obsessão com o corpo e a aparência e como podemos ajudar?

Vaidade x Saude

O Brasil lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas entre adolescentes. Em 2019, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) houve um aumento de 147% nos procedimentos entre adolescentes de 13 e 18 anos, sendo a rinoplastia mais procurada por essa faixa etária. Os perigos à saúde relacionados ao mau uso desses procedimentos não envolvem somente o risco de levar a morte mas também as possíveis motivações que estão por trás de cada pessoa que decide se submeter a tais riscos. O que leva uma adolescente a procurar modificar ou colocar um objeto decorativo no próprio corpo? 

Muitos são os motivos relacionados à busca excessiva pela beleza a qualquer preço. Claro que a necessidade de aceitação e aprovação dos amigos pesam muito na mente de qualquer pessoa que está na fase de amadurecimento. Tenho que confessar que não tive essa conversa com a minha filha, e somente agora cheguei a conclusão que deveria ter feito outras perguntas mesmo sabendo que provavelmente não mudaria a opinião da mesma. Alguns dos principais motivos que levam não só as adolescentes mas também as mulheres a buscar o “corpo perfeito”, a "aparência perfeita” são:

Necessidade de aprovação - Pessoalmente conheço mulheres que suas contas nas redes sociais estão repletas de fotos “fabulosas” que apresentam: pele, corpos, caras e bocas que muitas confundem com “empoderamento”, "auto-confiança", “autonomia”, “beleza” e etc… porém vivem dominadas pela a depressão e a insegurança que são camufladas por filtros e recursos de edição de fotos. E claro que sorrir para uma foto é mais fácil do que encarar a verdade que muitas não têm forças para tal. A necessidade extrema de aceitação que hoje em dia, vem através dos “likes” ou “curtidas”. Enquanto muitas das nossas amigas ou filhas estão gritando por socorro através das fotos e comportamento obsessivo, o que eu e você estamos fazendo para proteger e apoiar tanto os nossos filhos como a nós mesmas contra esses perigos?

Transtornos mentais - Um dos transtornos mais comum que está relacionado a não aceitação do corpo é o Transtorno Dismórfico Corporal, TDC que leva as pessoas que sofrem com esse mal a passar horas por dia preocupadas com alguma parte do corpo que não está “perfeita”. Temem em não agradar o próprio espelho e não conseguem ver a realidade da própria forma física. Normalmente, pessoas que sofrem desse transtorno se enxergam de forma muito diferente do que realmente são. Alguns, quando são instruídos por um especialista para desenharem no papel como que reconhecem a própria silhueta, fazem desenhos distorcidos de forma exagerar as partes que não condizem com a realidade. Infelizmente, por mais que alguém diga que a forma como essa pessoa se vê não é a verdade, o cérebro da mesma não tem condições de se ver como realmente é. Nesse caso, assim como nos demais casos de pessoas com algum tipo de transtorno emocional, o acompanhamento médico e o apoio da família são fundamentais para reverter o quadro.

Falsas expectativas - Vivemos sobre a pressão do perfeccionismo. Temos que dar conta de tudo e superar quaisquer expectativas. Quando se trata de “beleza física" mesmo a mínima coisa que esteja “fora de lugar” pode ser motivo para um tormento interno que é manifestado de diversas maneiras. O cabelo tem que estar “perfeito”, e sou uma dessas. A pele tem que estar radiante, mas não consigo. As unhas devem estar maravilhosas, sempre, juro que é meu sonho de consumo. O corpo tem que manter-se incrível independente da idade, nesse caso nem sei o que dizer pessoalmente pois é o meu grande pecado. Sim, eu procuro falar do que de alguma forma tem relação com o que as minhas experiências.

Gabriela Kimura, colunista sobre Saúde & Bem Estar da revista Claudia, (editora Abril) publicou uma matéria intitulada Doenças da Beleza (Revista Claudia, 26 de set, 2016) onde trata alguns pontos sobre os perigos da compulsão à beleza. Gabriela cita uma pesquisa realizada pela Dove no mesmo ano onde afirma que 71% das mulheres acreditam que “precisam ser perfeitas”e 82% das mulheres entrevistadas acreditam que não são boas em nada. Nesse caso, quem está criando o padrão “ideal” de perfeição? O que é ser perfeito e para quê? Enquanto tantas estão sofrendo ao invés de aceitar que não existe: mundo “ideal”, vida “ideal”, corpo “ideal” e sim real. Sua realidade de hoje pode e não vai ser a mesma daqui a uma década. Devemos lutar contra essa cobrança que tem destruído mentes e levado tantas vidas.

Ser sincera e clara com as nossas emoções é a chave para abrir a porta para uma relação mais saudável pessoalmente. Todas nós estamos sujeitas às mesmas coisas independente da idade ou realidade de vida. Claro que a maturidade ensina a valorizar a transformação interna e o reconhecimento de quem somos verdadeiramente. Mas nem todas, ou melhor, a grande maioria de nós mulheres ainda não compreendemos como é importante apoiarmos uma às outras criando espaços para refletirmos sobre assuntos como estes. Quais são as expectativas que você  tem criado para si mesma? Até que ponto isso não tem atrapalhado a sua vida e influencia outras pessoas do seu convívio? Seja melhor que você  pode ser e não melhor do que você  acredita que os outros esperam que seja.

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