Publicado em 7/09/2021 as 9:00am
Artista Brasileira Paula Parisot é convidada da 3ª Edição da Bienalsur com a mostra "Literatura Do Eu"
A mostra acontece de 8 de setembro a 8 de dezembro, na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, a "casa" da artista na capital argentina
A artista visual e escritora carioca Paula Parisot foi convidada para participar da 3ª edição da BienalSur, que acontece simultaneamente em diversos museus e instituições culturais pelo mundo. A mostra, denominada Literatura do Eu, uma exposição-narrativa, em primeira pessoa, apresenta uma série de obras nas quais ela vem trabalhando desde 2016.
“O que é a Literatura do Eu? A ânsia do escritor de falar de si próprio? A necessidade de falar da própria infância, das próprias memórias, dos próprios desejos e frustações? Por que tanto apego as próprias vidas? Por que a recusa da fantasia, da invenção? Por que, hoje, a ficção parece criar ojeriza? Algo se rompeu? A imaginação caiu em descrédito?”, questiona Parisot, criadora da série para TV A Crucigramista – exibida no Brasil pelo canal Arte 1.
Em 8 de setembro, dia do aniversário de seu pai, Parisot inaugura a mostra, que ocupa a Embaixada do Brasil em Buenos Aires, local que representa “seu território”, “sua casa” naquele país.
A mostra é dividida em “capítulos”, como nos livros. Na primeira sala está representada a infância da artista, sua família e o pai dos seus filhos, que morreu. O corredor de circulação recebe desenhos abstratos que representam os seus pais e avós e esculturas em espuma e pintura acrílica de inegáveis alusões fálicas, que representam os homens importantes de sua vida. Esse corredor conduz à grande sala e à instalação A jovem senhora finalmente compreendeu que não há garantias nem almoços grátis, que resume a visão ligeiramente pessimista, embora realista, da artista, onde palavras juradas, o ego satisfeito e a eficácia da sedução não duram. Outros fatores entram em jogo, sendo a fatalidade um deles.
As duas salas subsequentes são dedicadas à videoarte: uma vídeo-performance inédita, captada ao meio-dia de 24 de outubro de 2013 – quando, com seu celular escondido, moveu-se como um lagarto rastejante pelas ruas em ebulição do centro de São Paulo, registrando tudo o que acontecia no nível do solo; o segundo vídeo abre com uma citação de Hilda Hilst – “Se você é coerente consigo mesmo, o resto é suportável. Eu suporto" – e é ambientado na Buenos Aires da quarentena, em 2020, como um "diário visual da pandemia".
"E a minha liberdade de expressão, não tenho direito a uma autobiografia? Afinal de contas, não dizem que toda autobiografia é auto ficção? Famílias, relações humanas, estados, religiões, governos, tudo permeado pela censura, pelo não dito. Sobre o que não se pode falar, é melhor calar?”, questiona-se. Como os limites entre o público e o privado vem sendo embaraçados pelas redes sociais e as tecnologias de vigilância, Parisot lança o desafio sobre esta falsa liberdade construída sobre a espetacularização da vida privada. "Uma nova era começa: Eu sou Paula Parisot", conclui a artista num gesto de autorreferência típico da Literatura do Eu.
“Aqueles que nos precedem, o caminho desde a infância quando ainda não falamos, até à livre expressão das angústias, desejos, sucessos e fracassos da vida adulta”, explica a curadora Maria José Herrera, que completa: “A pandemia do Covid-19 foi e segue sendo um longo processo traumático, onde Parisot voltou a escrever os seus diários, que tinham sido interrompidos durante muitos anos. Voltar a deixar os vestígios de seu cotidiano no papel, o único suporte que realmente ouve a voz interior sem a julgar. Falar da própria vida como uma sucessão de páginas de uma literatura visual carregada de símbolos. A distopia das relações humanas marcam os corpos como cicatrizes indeleveis. De onde venho? Para onde vou? Perguntas eternas para respostas provisórias”, como explica a curadora Maria Jose Herrera. “Ontem Rio de Janeiro e São Paulo, Nova York e Paris e hoje Buenos Aires. Em cada cidade a artista abandona o passado e refaz presentes. A condição de estrangeira, que vem atada a língua, da voz de uma artista marcada por sua identidade de mulher.”
“Original e criativa, Paula Parisot encontrou uma nova maneira de apresentar os seus livros, acrescentando a eles elementos da arte performática. Dessa maneira, ela está na vanguarda da abertura de novas possibilidades para escritores e artistas em geral. Para encontrar novas formas de expressão, ela corajosamente cruzou as fronteiras entre a arte de escrever e a arte da performance.”
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