Publicado em 15/12/2021 as 4:00pm
Coluna Por ai com Denny Silva
Namorada de Luan Santana está sempre ligada nos cuidados com os longos e lindos cabelos ...
Namorada de Luan Santana está sempre ligada nos cuidados com os longos e lindos cabelos
Izabela Cunha esteve recentemente com sua médica, a tricologista Luciana Passoni, para manutenção do tratamento dos fios
Todo mundo sabe: para se ter cabelos longos é preciso muito cuidado, dedicação e um tratamento adequado para que os fios tenham sempre brilho e, principalmente, sejam saudáveis.
E Izabela Cunha, que viu sua vida se transformar após assumir recentemente o namoro com o ídolo da música, Luan Santana, é dona de lindas e longas madeixas que chamam a atenção por onde ela passa.
Nas redes sociais a moça sempre exibe a vasta cabeleira e deixa muita gente babando. Mas para obter esse resultado Izabela, que tem 25 anos e é estudante de moda, está sempre tratando dos fios com o maior cuidado.
Há pelo menos dois anos, ela é paciente da médica tricologista Luciana Passoni, da Human Clinic, em São Paulo. E a preferência pelo trabalho da médica é de família, já que a mãe de Izabela, Renata Cunha, também se entrega aos cuidados da Dra. Luciana.
Esta semana, entre um compromisso e outro, Izabela passou por uma consulta com a especialista para a manutenção do tratamento que vem fazendo já há algum tempo. “A Izabela tem um cabelo lindo, mas tem medo dos fios afinarem, já que são muito longos. Então fazemos um tratamento de prevenção para evitar o afinamento”, explica a especialista.
De acordo com a Dra. Luciana o tratamento de Izabela consiste na microinfusão de medicamentos e aplicação de laser de baixa potência para tratar e redensificar os fios. “A manutenção ideal desse procedimento é de 4 em 4 meses. E em casa a Izabela usa vitaminas e um cronograma personalizado que desenvolvi especificamente para o caso dela. Também indiquei dessa vez a utilização da escova Scalp Tangle Teezer para massagear o couro cabeludo com os produtos do protocolo capilar, o que promove melhor circulação na região do couro cabeludo”, pontua Luciana.
Dedicada e focada nos cuidados, Izabela só mereceu elogios da médica. “O resultado está ótimo! Amo receber meus pacientes no retorno da consulta e ver o quanto estão felizes com os resultados”, diz a tricologista, satisfeita.
Izabela, claro, não podia estar mais feliz. “Depois de um ano de cuidados... Obrigada por tudo, dra. Luciana, querida!”, escreveu a estudante em uma postagem em seu Instagram, onde conta com quase 80 mil seguidores.
Pesquisa realizada por agências da ONU mostra que pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela têm maior acesso a emprego após interiorização
Renda média mensal da população venezuelana interiorizada e ocupada com 18 anos ou mais é de R$ 1.325,20, sendo ligeiramente superior ao salário-mínimo vigente no Brasil em 2021. Interiorização já transferiu cerca de 60 mil pessoas para mais de 730 municípios brasileiros desde 2018
As pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela no Brasil que participaram da estratégia de interiorização tem maior acesso ao mercado de trabalho e à educação, em comparação com a população que segue abrigada pela Operação Acolhida no Estado de Roraima. Ao mesmo tempo, as questões de gênero, raça e etnia se mostraram estruturantes das desigualdades vividas no processo de interiorização, uma vez que as mulheres interiorizadas têm maior taxa de desocupação laboral que os homens e apresentam um rendimento médio menor, particularmente as mulheres negras.
Estas são algumas das conclusões da pesquisa “Limites e desafios à integração local de refugiadas, refugiados e pessoas migrantes da Venezuela interiorizadas durante a pandemia de Covid-19”, realizada pelo ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), a ONU Mulheres e UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), que está sendo divulgada hoje.
Conduzida pelo governo federal, a estratégia de interiorização pretende encontrar melhores
oportunidades de integração socioeconômica para pessoas refugiadas e migrantes que buscam proteção e assistência no Brasil e que se encontram abrigadas pela Operação Acolhida – resposta governamental ao fluxo de pessoas venezuelanas para o país. A adesão à estratégia é voluntária. Desde que foi lançada, em abril de 2018, a interiorização já transferiu cerca de 60 mil pessoas para mais de 730 municípios brasileiros nos 26 estados brasileiros e Distrito Federal.
A pesquisa foi executada pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), pelo IPEAD (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais), com apoio da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).
Emprego e renda – A pesquisa revelou que a renda média mensal da população venezuelana interiorizada e ocupada acima de 18 anos de idade é de R$ 1.325,20, sendo ligeiramente superior ao salário-mínimo vigente no Brasil em 2021 e mais que o dobro dos rendimentos da população que segue abrigada pela Operação Acolhida, cujo valor médio é de R$ 594,70. Mesmo em melhores condições salariais que a população abrigada, a população venezuelana realocada que está empregada ainda ganha cerca de metade da renda da população brasileira (R$ 2.433).
As desigualdades entre gênero acontecem em ambos os grupos. Entre as mulheres interiorizadas, a renda média é de R$ 1.043,30, inferior à média geral das pessoas interiorizadas. Neste grupo, a desagregação por raça e cor revela uma maior disparidade entre homens brancos (que têm uma renda média de R$ 1.591,80) e mulheres negras (com renda média de R$ 1.041,60). No caso da população abrigada pela Operação Acolhida, a renda média dos homens é de R$ 628,00, enquanto a das mulheres chega a R$ 549,50.
Desafios - Embora a renda média entre pessoas interiorizadas seja maior do que entre abrigadas, ao se levar em conta o rendimento individual domiciliar per capita, ou seja, o rendimento de uma família dividido por todos os moradores do domicílio, a população venezuelana interiorizada ocupada se encontra em desvantagem em relação à média da população brasileira residente no país, com níveis salariais cerca de duas vezes inferiores.
Algo similar acontece com a população abrigada em Roraima, a qual se encontra em enorme desvantagem em termos do seu rendimento mensal individual e domiciliar per capita. O nível salarial da população residente em Roraima é quase três vezes maior do que o rendimento médio da população abrigada. Essa diferença é ainda mais acentuada quando olhamos para o rendimento médio domiciliar per capita: 10 vezes superior ao da população abrigada.
O melhor acesso ao mercado de trabalho entre pessoas interiorizadas fica evidenciado pela pesquisa, uma vez que a taxa de desocupação entre os interiorizados e as interiorizadas chega a 17,8%, subindo para 30,7% na população abrigada - comparativamente, no Brasil, a taxa de desocupação é de 14,1%. O padrão de diferenças por gênero se reflete também neste campo: a desocupação entre homens interiorizados é de aproximadamente 9%, chegando a 30% entre as mulheres. Tal padrão se repete na população abrigada, sendo que quase 34% das mulheres e aproximadamente 28% dos homens estão desempregados ou desocupados.
Moradia e tempo médio de desocupação - A pesquisa revelou também que a maioria absoluta das pessoas interiorizadas já mora em imóveis alugados (93,7%), com uma família média de 4,2 pessoas por domicílios (contra 3,3 pessoas da média brasileira). Entre a população desocupada, o tempo médio sem trabalhar após a interiorização é quase dois meses maior entre as mulheres (7,7 meses) em comparação com os homens (6 meses).
A pesquisa também revela que a maioria da população venezuelana interiorizada (96,2%) e abrigada em Roraima (98,8%) pretende permanecer no Brasil. A perspectiva otimista com o futuro no país para pessoas refugiadas é apontada por 75% das pessoas interiorizadas.
Acesso a serviços – No campo da educação, a pesquisa revelou melhores condições de inserção escolar para crianças refugiadas e migrantes interiorizadas pela Operação Acolhida, especificamente entre menores de 18 anos de idade. De acordo com as pessoas entrevistadas, 67,6% das meninas e meninos deste grupo encontram-se matriculadas em escolas e creches nas cidades de destino. Entre a população abrigada em Boa Vista, 41,3% dos filhos e filhas menores de 18 anos possuem matrículas em escolas ou creches da cidade.
A maioria das pessoas interiorizadas (68,3%) compreende bem ou perfeitamente a língua portuguesa. Entre as pessoas abrigadas, identifica-se diferença importante no nível de compreensão do português em relação à população interiorizada. A grande maioria tem alguma dificuldade de compreensão (65%), independente do sexo.
Em relação à saúde das mulheres, a pesquisa revelou que a cobertura do acompanhamento pré-natal pelas famílias é bastante expressiva, tanto entre as interiorizadas quanto entre abrigadas. Foi reportado acompanhamento pré-natal para 88,2% dos filhos e filhas de pais e mães venezuelanas interiorizadas e para 85,2%, no caso de pai ou mãe em situação de abrigamento em Boa Vista.
Em relação à intenção da gravidez, entre as mulheres interiorizadas que tiveram filhos desde que chegaram ao Brasil, 38% queriam engravidar naquele momento, enquanto 33,6% queriam esperar um pouco mais e 28,4% não tinham a intenção de engravidar.
A pesquisa também revelou que a imensa maioria da população venezuelana no Brasil possui o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), com diferença pouco significativa por gênero e entre a população abrigada (95%) e interiorizada (93%). Já em relação ao acesso ao CadÚnico ou registro no CRAS, os dados revelam que praticamente metade das pessoas interiorizadas não possui esse registro (49%). Em relação às pessoas abrigadas, esse número é ainda menor (37%).
Além disso, 34,4% das pessoas interiorizadas e quase 82% das abrigadas reportaram não possuir conta bancária no Brasil. Entre as mulheres, a participação daquelas que têm conta bancária é bem inferior à dos homens, em ambas as populações.
Expansão da estratégia de interiorização - Os dados quantitativos da pesquisa “Limites e desafios à integração local de refugiadas, refugiados e pessoas migrantes da Venezuela interiorizadas durante a pandemia de Covid-19” revelam que há grande potencial de expansão da estratégia de interiorização junto à população abrigada em Roraima, uma vez que 76,2% dos abrigados têm interesse em sair do estado e 59,3% já realizaram algum cadastro para participar da estratégia.
A pesquisa também ressalta a relevância do papel dos estados receptores no processo de reconhecimento dos certificados de conclusão e de continuação dos estudos, bem como de estratégias de aprimoramento e capacitação da mão-de-obra via cursos técnicos e profissionalizantes, além do ingresso e permanência no parque universitário brasileiro. A participação significativa de pessoas com ensino superior aponta, finalmente, para a centralidade do tema da revalidação de diplomas.
Como recomendação preliminar, a pesquisa sugere reforçar e complementar as políticas públicas às dinâmicas proteladas de deslocamento e às fragilidades e heterogeneidade das pessoas deslocadas e das comunidades de acolhida. Os dados da pesquisa procuram ajudar a suprir o déficit informacional no campo da pós-interiorização e melhorar o impacto nas comunidades de acolhimento. Com isso, permitirá informar, com base em evidências, o processo de formulação de políticas públicas em nível nacional e regional.
De um modo geral, e ainda inicial, os dados apontam para a necessidade de planejamento de políticas públicas de médio e longo prazo que apoiem o processo de integração social e inclusão econômica contínua da população venezuelana no Brasil, bem como de estratégias locais e regionais de apoio que possam fortalecer os vínculos, no tempo, entre sociedade de recepção e as pessoas venezuelanas interiorizadas. Os dados corroboram a importância de se enfatizar uma política de integração baseada na dispersão territorial, já que parte da população venezuelana manifesta interesse na estratégia de realocação voluntária.
Metodologia - Os resultados quantitativos da primeira fase da pesquisa divulgada hoje foram obtidos a partir da aplicação de 1 mil questionários com pessoas interiorizadas entre março de 2020 e abril de 2021, estratificadas conforme modalidade de interiorização realizada (institucional, reunião social, reunificação familiar e vaga de emprego sinalizada), e região de destino. Para efeitos de comparação, também foram entrevistados 295 venezuelanas e venezuelanos residentes em abrigos da Operação Acolhida em Roraima.
As entrevistas foram realizadas entre junho e setembro de 2021, por telefone e com pessoas com 18 anos ou mais. Os dados coletados foram estratificados por sexo e grupo etário. O trabalho utilizou dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para fins de análise comparativa com a população pesquisada.