Publicado em 29/12/2021 as 9:00pm
Coluna Arilda Costa
Entrevista com o escritor Eduardo Periotto Eduardo Periotto é escritor romancista...
Entrevista com o escritor Eduardo Periotto
Eduardo Periotto é escritor romancista ítalo-brasileiro que há 20 anos reside em Londres. Engenheiro Agrônomo recebeu no Brasil e nos EUA os prêmios “Respeito ao Meio Ambiente”. Interessado desde menino em Ciências, seu último livro – O OBSERVADOR, traduzido para o Espanhol, Italiano e Francês, está sendo considerado como o primeiro autor a poetizar a Física Quântica.
Há quanto tempo você se dedica a escrever livros?
Como romancista, minha essência literária, há 18 anos.
Qual sua opinião de uma obra para conquistar seus leitores
O escritor precisa ser crítico, ser o seu pior inimigo. A obra deve ser planejada promovendo o nexo e a harmonia entre os fatos criando uma tensão narrativa que faça o leitor querer mudar as páginas.
O seu tema favorito, o que te inspira?
A movimentação de um animal dos últimos 300.000 anos - o Homo sapiens. Indivíduos que usando o dedo opositor, nos últimos 3.000 anos deixam registros de seus pensamentos lógicos e abstratos. Animal estranho que vislumbra-se com a capacidade da criação, bicho social enfermo, que acredita poder planejar o futuro de um tempo que nem mesmo existe.
Qual o seu ritual no processo de criação dos seus textos?
É um processo longo, pois hospedo meus personagens nos campos de minha mente deixando que me contem suas histórias, o que gostam de beber e comer, como se vestem e assim passo a observar suas vaidades. A isto chamo de verossimilhança.
O que você escuta enquanto escreve, ou você prefere o silêncio?
Como, a priori obras literárias, se baseiam em início, meio e fim, crio playlists que abram os porões da minha subconsciência. Músicas que me ajudem encontrar o exato sentimento daquele parágrafo. Porém para fechar uma obra, o silêncio sempre será o melhor conselheiro.
De onde vem sua inspiração?
Inicialmente de minhas observações, e da minha vontade descarada de dizer alguma coisa, sem nunca esquecer que todo escritor, é antes de tudo, um bom mentiroso.
Quanto tempo você leva para escrever um livro?
Se depender das armadilhas da minha alma insana e criativa, “eternamente.” Porém, de modo pratico para o mercado literário, um escritor não deveria passar de três anos de trabalho.
Como seus defeitos interferem no que você escreve?
Pelo excesso de zelo, pois ao escrever, enquanto eu não encontrar a palavra que defina o exato sentimento, não sigo adiante, algumas vezes por intermináveis semanas.
Você aprendeu algo com alguma crítica? Se aprendeu, isso mudou o seu jeito de escrever?
Críticas são bem-vindas, porém prefiro as mais simpáticas. Brincadeiras a parte, criticas sempre existirão, pois “ser unanime” não existe na literatura. Sempre existirão, doidos que escrevem e doidos que jogam pedras.
Como você convive com as críticas?
De forma positiva, pois o nosso verdadeiro “Editor” sempre será o leitor. Somos responsáveis por cada palavra que escrevemos, pois aqueles que convidamos ler nossos livros, são os mesmos que devem ser motivados a mudarem de páginas.
Como você percebeu sua vontade e entendeu que seu destino era ser escritor?
Quando no final do primeiro ano do grupo escolar, minha primeira professora, Dona Ana, me chamou na sua mesa e disse: ‘Eduardo; adorei sua composição’. Saiba que, um dia você será um escritor!
Porém como eu também amava a Ciência, fui ser Engenheiro Agrônomo, até que ao mudar para Londres em 2004 finalmente encontrei o meu espaço-tempo para escrever. Talento que não pude enterrar na areia.
Quais eram os passatempos que te levaram a querer contar histórias?
Gosto de quebrar clichês sobre o comportamento social, do humor bem elaborado e caminhando pelos parques de Londres, (há dois mil deles em Londres) tenho o hábito de falar e rir sozinho. Sou também do tipo que gosta de conversar com gente doida, que por sinal, dia após dia, parece aumentar.
De onde vêm os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos?
Sou um romancista que não marca encontro com personagens ou fatos. Prefiro encontrá-los ao acaso aprisionando-os nos campos da minha mente. Porém sabendo que meus hóspedes partirão.
Qual será seu próximo livro?
Um pequeno spoiler: Uma das protagonistas, uma senhora portuguesa residente em Londres que dentro em breve completará 100 anos. Ela guarda um diário que ganhou de um primo chamado Fernando Pessoa. Eu conheci Dona Maria da Conceição, vi o diário e sempre ouvia ela reclamar que, com as dores da idade, por ter nascida Católica, não podia matar-se. Há muito mais, aguardem.
Três coisas que ainda estão na sua lista de desejos.
I-Ver o espetáculo da Aurora Boreal na Escandinávia.
II-Interagir em uma mata africana com grupos de Bonobos, Orangotangos ou Chimpanzés, nossa memória primata primitiva e entender porque se recusaram de nos acompanhar.
III-Desligar o meu celular por seis meses e mandar as “big tech” que alimentam o “Black Mirror” a “puta que os pariu.” Talvez este último, o quesito mais difícil da minha lista de desejos. Desculpem o baixo calão.
Quem você diria que são seus antepassados literários - aqueles de quem você aprendeu mais?
No Brasil, Tobias Barreto, Graciliano Ramos e Ariano Suassuna
Na Europa, Fernando Antônio Nogueira Pessoa e Miguel de Cervantes.
Qual o melhor treino intelectual para quem quer ser escritor?
Escrever, escrever e escrever.
Qual o livro da literatura mundial que você gostaria de chamar de seu?
Assim falou Zaratustra, do filósofo alemão, Friedrich Nietzsche
O que seus textos trazem como inspiração para outras pessoas?
Sou um romancista e no meu livro “O Observador” traduzido para o Espanhol, Italiano e Francês, pergunto ao leitor logo na contra capa: - Até quando seremos crianças amedrontadas com nossas frágeis filosofias? Até quando nossa consciência ficará entorpecida, acreditando que não somos capazes de compreender qual é a maternidade do universo ou da própria vida?
Algum projeto na gaveta para um futuro próximo?
Escrever, escrever e escrever...
Qual é a parte mais fácil e a parte mais difícil de escrever um livro?
Escrever imita a vida, com dores e prazeres. O mais fácil é o exercício da consciência criativa. O mais difícil organizar e traduzir estes sentimentos em palavras que conquistem o leitor.
Quando você cria um protagonista para o seu enredo quais as características imprescindíveis?
O protagonista precisa ter verossimilhança para que possa encantar o leitor.
Você poderia antecipar uma história que você gostaria de escrever, mas ainda não escreveu?
Tenho boas histórias borbulhando na minha mente, e assim com o amparo do “Tempo, senhor absoluto e dono de todos os relógios”, dia após dia vou escrevendo-as.
Você tem algum hábito de trabalho? Um horário específico do dia que te inspira mais?
Escrever é um ato de reclusão voluntária. Tenho por hábito, caminhar longas distâncias nos parques de Londres tomando as notas que borbulham na minha mente. Outro fato interessante é acordar as 5 horas da manhã com histórias quase prontas e correr para anotá-las e mais tarde traduzi-las em parágrafos ou em capítulos completos.
Qual a importância da capa do livro para você?
Uma capa profissional é nossa primeira chance de ser escolhido entre os 1.600.000 novos livros publicados anualmente. Boas capas e sinopses objetivas podem convencer o leitor levar para casa os personagens que guardam as memórias de um bom livro.
Você tem uma dica para quem quer seguir o sonho de ser escritor?
I-Escrever, escrever, escrever e quando fizer a revisão final, apagar os excessos de nossa alma insana em respeito ao leitor.
II- Contratar um profissional de Leitura Critica e não desejar a morte do mesmo, quando este indicar as falhas na estrutura da obra ou de verossimilhança.
III- Fazer o melhor Marketing possível usando, Revistas, Jornais e Redes Sociais, aceitando que seu livro, uma vez publicado não irá virar um filme, e talvez nem mesmo sua mãe o leia, até que, você seja reconhecido. Leitores não compram livros e sim os escritores que se destacam.
Cite o melhor momento da sua carreira como escritor até hoje?
Sempre o próximo convite, tal qual este de conversar com os leitores do Brazilian Times, o maior jornal da comunidade brasileira no E.U.A, do qual agradeço o convite para este simpático bate papo.
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