Publicado em 20/01/2022 as 11:00am
Coluna Arilda Costa
Entrevista com a escritora Sonia Zaghetto A escritora Sonia Zaghetto e autora do...
Entrevista com a escritora Sonia Zaghetto
A escritora Sonia Zaghetto e autora do livro História de Oiapoque, publicado pelo Senado Federal em 2019, é co-autora em Crônicas de A a Z (ed. Flique/ Realejo, 2020) e A Página em Branco dos Teus Olhos, uma série de 30 contos escrita em parceria com o dramaturgo Cláudio Chinaski e lançada em dezembro de 2020 (compre o livro na Amazon, em papel ou no kindle). Em maio de 2021, publicou O Correio, uma tradução para o português da peça The Post-Office, de Rabindranath Tagore, o poeta indiano, prêmio Nobel de Literatura de 1913 (Compre aqui o livro em papel e no kindle).
Seu mais recente livro, Crônicas do Vento de Abril (Editora Tagore/Senhor Corvo), foi lançado em janeiro de 2022 (clique aqui para adquirir).
Vive em San Jose, Califórnia, onde escreve um novo livro.
Quando você começa a escrever já têm a história toda pensada e esquematizada ou vai deixando a imaginação fluir à medida que colocam as palavras no papel?
- Depende. Um romance tem estudo de personagens e mais reflexão. Contos por vezes partem de uma ideia básica ou surgem a partir de uma imagem, que vou completando ao escrever, sem pensar muito. Para crônicas, o processo é diferente: escolho um tema e o desenvolvo. Depois de finalizar, releio a argumentação, deixo "descansar"por um dia ou dois. Só então reviso e publico.
Quanto tempo você leva para escrever um livro?
- Depende do tamanho do livro. Um romance é muito mais elaborado. Estou escrevendo um romance há quatro anos. Devo terminar no fim deste ano. Meu livro de contos demorou dois anos. O de crônicas, um ano.
Você abre um livro, folheia, lê as orelhas, dá uma olhada no prefácio, começa e logo pula para o final, procura passagens interessantes? Gostaria mesmo de ser lido assim?
- Quando não conheço o escritor, eu leio as orelhas, o prefácio e partes do texto em si antes de comprar o livro. Mas quando compro um livro é porque ele me chamou a atenção. Então, em respeito ao escritor, eu leio a quarta capa, as orelhas, o prefácio ou a introdução. Em seguida, leio o texto principal do princípio ao fim. Gosto de selecionar passagens mais reflexivas. Gostaria de ser lida com o mesmo cuidado.
Lendo um romance, vendo um filme, uma novela, gostaria de mudar o final? Citar exemplos.
- Não. Entendo o livro como escolha do escritor, uma obra de arte pensada para ser daquela forma.
Relê sempre as mesmas obras? Procurando o quê? Em caso de dúvida, impasse, descrença, você se aconselha com quem?
- Leio novos autores, mas sempre volto aos meus clássicos. Guimarães Rosa, Tchekhov, Ivan Turgueniev, Shakespeare, Virginia Woolf, Cecília Meireles, Machado de Assis, Monteiro Lobato, Oscar Wilde, George Orwell e John Steinbeck estão entre os autores para quem sempre volto, entre outros. Em caso de dúvida, impasse ou descrença, eu me aconselho comigo mesma: eu medito.
Quando inicia um texto sabe antecipadamente seu conteúdo?
- Nunca.
Leva anos compondo mentalmente? Tem alguma ideia amadurecendo?
- Sim, sempre tenho mil ideias na cabeça. Às vezes elas levam anos amadurecendo.
Um escritor está sempre absolutamente consciente do que faz?
- Só posso falar por mim mesma. No meu caso, sim: perfeitamente consciente.
É notívago ou só cria à luz do dia?
- Escrevo mais durante o dia. À noite gosto de descansar. Durmo cedo.
Como transportar o domínio do sensual ou pelo menos das qualidades sensíveis do mundo, para seus textos?
- Pela observação atenta.
Quando olha para trás sua maior satisfação é poder dizer...
- Segui a minha vocação.
Suas paixões avassaladoras...
- Não sou de paixões avassaladoras. Entre os meus amores estão meus filhos, os livros e os grandes artistas.
Você escreve para ser amada?
- Nunca. A razão pela qual escrevo está neste texto aqui: https://soniazaghetto.com/2022/01/09/profissao-de-fe/
Sessão nostalgia: o primeiro livro que leu?
- Não lembro. Aprendi a ler aos quatro anos de idade. Eu ficava na biblioteca da escola havia muitos livros lá. Provavelmente, foi algo de Monteiro Lobato.
Quais as personagens mais bem construídas que conhece?
- Lord Henry (O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde), Iago (Otelo, de William Shakespeare) e Ethan Hawley (O Inverno da nossa desesperança, de John Steinbeck)
Qual o inferno para os escritores?
- Procrastinação, fruto da indisciplina.
Quais escritores entendem a alma humana?
- Machado de Assis, Tchekhov, Shakespeare, Steinbeck
Já tirou alguma ideia de um sonho?
- Sim, uma vez.
O mais difícil: a primeira ou a última frase?
- A primeira.
Qual o livro da literatura mundial que você gostaria de chamar de seu?
- Cannery Row, de John Steinbeck
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