Publicado em 10/06/2022 as 7:30am
Coluna Francisca Benvenuto
Mentora de Pessoas e negócios, escritora e Palestrante.
A OUTRA FACE DO FEMINISMO
ATENÇÃO antes de formar um ponto de vista MILITANTE, informe-se! Existem várias teorias sobre o FEMINISMO, porém a história não nega que a face mais pública do feminismo não a representa de fato.
O feminismo tem duas faces, uma é aparente, agradável, justa e bonita. A face da igualdade, o lado que está na luz. O que querem que você veja.
A outra face não está na mídia, nos discursos dos artistas, nem muito menos nas redes sociais, ela não está porque não querem que você veja. Ela não é bonita e nem respeitosa.
Antes de você defender ou se colocar como feminista, saiba o que existe por trás disso.
SERÁ MESMO QUE AS MULHERES DEVEM TANTO AO FEMINISMO?
SERÁ MESMO QUE TODA MULHER DEVERIA SER FEMINISTA?
VOCÊ SABE O PESO DAS IDEIAS DEFENDIDAS PELO FEMINISMO?
O FEMINISMO NÃO É O QUE QUEREM QUE VOCÊ PENSE QUE É. NUNCA FOI SÓ SOBRE IGUALDADE, RESPEITO E A NÃO VIOLÊNCIA. MUITO MENOS SÓ SOBRE OS DIREITOS DAS MULHERES.
O que se defende em pautas principais atuais, são; a luta por “direitos” iguais e em defesa da mulher quanto as agressões sofridas por homens, pautas essas que são mais conhecidas, porém, não o todo.
O que você talvez não saiba, é que algumas teorias polêmicas defendidas por algumas feministas ativistas é que a “masculinidade” é um defeito e que existe uma luta do “machismo” contra o “feminismo”, será? Ou poderíamos dizer que o “feminismo” luta contra o machismo? Eles que lutem, antes dessas ondas ideológicas se tornarem pautas ou bandeiras defendidas por políticos através da politicagem, onde ficamos nós, homens e mulheres que mesmo sem escolha viram reféns de ideologias, quando menos esperamos estamos nós surpresos com o julgamento de John Deep.
Eu trouxe os dois extremos sobre o feminismo. Um é o mais conhecido, o que defende os direitos iguais para homens e mulheres, eu disse “direitos”. O outro que você possivelmente não conheça e que está fora dos holofotes e longe do imaginário popular é o que existe de maneira oculta.
Ao longo da história as ondas do feminismo foram mudando a depender de quem estava na mídia para contribuir com a sua luta. A guerra mais atual e com todos os holofotes da mídia voltados para eles, é a luta de uma feminista em provar a todo custo que o que defende sentiu na pele. Com a denúncia de ter sofrido agressão física e sexual do Sr.
Depp, de 58 anos, o fez processar Heard, de 36, com pedido de indenização de 50 milhões de dólares, depois que ela o acusou de violência doméstica antes e durante seu casamento de aproximadamente dois anos. Ela o processou de volta pedindo 100 milhões de dólares, dizendo que Depp a difamou chamando-a de mentirosa.
O astro de "Piratas do Caribe" disse que concordou com o pedido de Heard de se encontrar em um quarto de hotel em São Francisco porque achou que ela poderia retirar a acusação de que ele havia cometido violência doméstica que destruiu a sua carreira o fazendo perder contratos e papéis importantes nos últimos anos. Em uma gravação apresentada como prova em seu processo, Depp propôs que o casal emitisse uma carta conjunta dizendo que se amavam e que a mídia havia criado uma tempestade em torno deles. A sugestão foi uma tentativa de encontrar um "acordo pacífico", disse Depp.
Heard, conhecida por seu papel em "Aquaman", resistiu à ideia e o desafiou a ir a público com sua alegação de que foi ele quem sofreu violência. "Diga ao mundo, Johnny", afirmou ela. "Diga a eles que eu, Johnny Depp -- um homem -- também sou vítima de violência doméstica."
Depp disse que respondeu: "Sim, eu sou".
Em outro áudio do encontro de São Francisco, Depp ameaçou se cortar com uma faca.
"Isso é psicologicamente, emocionalmente onde eu estava", disse ele. "No final, eu estava destruído ... eu pensei: a única resposta está aqui, pegue meu sangue, isso é tudo que me resta."
Depp disse que nunca bateu em Heard ou em qualquer mulher. Ele acusou Heard de difamá-lo quando ela escreveu um artigo em dezembro de 2018 no Washington Post sobre ser uma sobrevivente de violência doméstica.
A atriz Amber Heard se tornou vítima de ataques na internet durante a batalha judicial por difamação aberta por seu ex-marido Johnny Depp, que também envolveu alegações de violência doméstica. O caso poderia afetar negativamente vítimas de abuso que decidem denunciar uma situação semelhante?
Na última quarta-feira (1º), um tribunal da Virgínia, considerou que Heard difamou Depp em um artigo publicado no jornal Washington Post de 2018 no qual ela se descreve como "uma figura pública que representa o abuso doméstico", sem nomear seu ex-marido.
O júri ficou do lado de Depp e considerou as alegações de Heard (feminista) como falsas.
Em um comunicado, a atriz de 36 anos disse que estava "com o coração partido" pela decisão. Sua equipe disse que vai recorrer.
Mas no tribunal da opinião pública, parecia que Heard já havia perdido mesmo antes do resultado final.
Durante as seis semanas de julgamento, muito antes de o júri dar seu veredicto, uma espécie de consenso se estabeleceu na internet de que Heard estava mentindo.
Estamos vivendo a terceira onda do feminismo passando para a quarta, se não entendermos aos do das anteriores a humanidade pagará o preço pela ignorância.
São elas:
Primeira onda - cidadania
A chamada primeira onda do feminismo foi no início do século 20, e tinha foco na igualdade de direitos no exercício da vida pública. A principal reivindicação era o direito ao voto. Essa movimentação inédita de mulheres, mais ou menos organizadas, clamava também por acesso a cursos superiores e pela ampliação do campo de trabalho (até então restrito à função de professoras). No início dos anos 1960, com o voto já garantido, a segunda onda trouxe questões mais ligadas à sexualidade e autonomia da mulher no contexto familiar. O movimento é marcado pela luta por direitos reprodutivos e liberdade sexual. Nesse sentido, ninguém mais marcante do que a Leila Diniz.
Terceira onda – interseccionalidade
A terceira onda traz maior diversidade ao movimento por meio do conceito de interseccionalidade entre gênero, raça e classe. As mulheres passam a questionar o papel de reprodutoras, mães e donas de casa.
Quarta onda - ativismo digital
Essa onda, que estaria associada ao uso das redes sociais. As principais bandeiras contemporâneas são o combate ao assédio, violência e feminicídio, mas que também conversa com a segunda onda e pauta questões de liberdade de escolha e padrões corporais.
Sendo assim, vale ressaltar que a divisão em ondas é para fins didáticos.
Por fim, quero registrar o pré-feminismo.
O feminismo enquanto movimento organizado de mulheres só surge lá pela metade do século XIX, mas, obviamente, isso não significa que, antes disso, mulheres eram belas, recatadas, do lar e submissas. Elas só, na maioria das vezes, apenas não estavam organizadas em grupos.
Dentre essas precursoras, que viveram de acordo com suas próprias regras e muitas vezes lutaram por outras mulheres, podemos citar Safo, Murasaki Shikibu, Hipátia de Alexandria, Cleópatra, Salomé Alexandra, Zenóbia, Fatima al-Fihri, Hildegarda de Bingen, Cristina de Pisano, Artemisia Gentileschi, Sofonisba Anguissola, entre outras.
A pergunta que não quer calar é, onde vamos parar? Esse conceito de que juntas somos mais fortes é real? Estaríamos nós caminhando para um mundo separado em duas tribos e criando mais tribos de acordo com suas crenças e valores ou talvez revoltas pessoais escondidas por trás do feminismo?
É importante saber que o movimento feminista – é na verdade, um grande grupo cheio de ideias divergentes e vertentes de luta. E questões específicas de mulheres negras, lésbicas, periféricas, prostitutas, indígenas e transexuais, também são levadas em consideração.
Pérolas da Chica
“Ser feminina não é ser feminista, ser feminista é defender ser , o que quiser ser, isso inclui abortar uma geração, caso queira, claro!”.
Dica de leitura
"Ativismo digital" hoje reúne nove textos sobre a influência das redes sociais na política e na cultura. Os artigos são divididos em três partes: ciberpolítica, ciberativismo e cibercultura. A primeira dá maior enfoque à interface digital da política; a segunda às mudanças no campo do ativismo desde a década de 1990; e a terceira à emergência de práticas culturais e expressão de subjetividades em consonância com as novas práticas de comunicação digital.