Publicado em 24/06/2022 as 9:30am
Coluna Grupo Mulher Brasileira
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Trabalhador ganha na justiça contra retaliação de empregador
Um júri do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos determinou que a firma de construção, Tara, pague $650 mil a um trabalhador que em 2017 sofreu um acidente de trabalho e, ao invés de receber o apoio a que tinha direito, foi entregue à imigração por seu empregador. Em 2019 foi revelado que a Polícia de Boston havia ajudado a imigração a prender o trabalhador Martin Perez, que fora ludibriado pelo patrão a comparecer no escritório da empresa onde foi preso.
Este caso é prova viva de que trabalhadores não devem ter medo de procurar seus direitos e denunciar explorações, ameaças e retaliações e que, mais do que nunca, precisamos do Ato Comunidades Seguras. Se este Ato estivesse em vigor, seria muito difícil a polícia de Boston fazer o papel de agente da imigração. A Comissão de Segurança Pública tem prazo até esta sexta-feira para decidir se o projeto passa ou more.
Em 2017 José Martin Paz Flores caiu de uma escada enquanto trabalhava e quebrou uma perna. Ele teve de ser operado e estava em situação econômica difícil porque o padrão não o informou sobre o seguro de acidentes, workers’ compensation. O patrão de Martin na Construtora Tara, Pedro Pires, ligou para ele e disse que tinha algum dinheiro para lhe dar. Era uma cilada, quando o trabalhador apareceu no escritório – ele pegou uma carona com um amigo e estava com o filho de 2 anos – foi preso pela polícia de Boston que o entregou à imigração.
A decisão do júri foi unânime e após seis dias de deliberações. Os jurados reconheceram que houve retaliação e que o empregador queria o trabalhador deportado para evitar pagar seus direitos. Segundo o jornal The Boston Globe, o júri ordenou que a empresa pague a Martin $50,000 em compensação por stress emocional e $200,000 me punição por danos e mandou Pirez a pagar outros $400,000 em outros danos punitivos.
Jose Martin disse estar feliz com resultado e ressaltou que trabalhadores explorados e ameaçados não devem ficar calados. OSHA, que fiscaliza os locais de trabalho, proíbe retaliação contra trabalhadores que estão reivindicando seus direitos.
Para mais informação, fale com o Grupo Mulher Brasileira. A organizdora Lidia Ferreira treina sobre direitos trabalhistas e pode orientar me casos de acidentes de trabalho.
Vacinas
Na quinta-feira, dia 30 de junho, estaremos na Igreja St. Antônio, em Somerville, das 16 às 19 horas. Estas clínicas são abertas a qualquer pessoa, não é preciso agendar, apresentar documento ou seguro de saúde. As enfermeiras darão também a segunda dose do reforço para pessoas com mais de 50 anos ou com problemas de saúde que tenham tomado o primeiro reforço há pelo menos quatro meses.
Matrícula Escolar
Nos Estados Unidos, toda criança a partir dos seis anos têm o direito de estar na escolar independente de status imigratório e os pais podem ser penalizados se não matricularem os filhos. Muitas famílias estão tendo dificuldade para matricular suas crianças porque sistemas escolares pedem comprovantes de endereço que muitas não têm. Se você tiver problema para matricular seus filhos ou sus filhas, por favor entre em contato com o Grupo Mulher Brasileira pelo WhatsApp 617-202-5775.
Lives do GMB
Não perca as Lives diárias do Grupo Mulher Brasileira, sempre às 20:30 horas, pelo Facebook do Grupo. As Lives são bem informativas e apresentam assuntos diversos. As pessoas que assistem podem interagir fazendo perguntas ou comentários.
Estação Mulher
Não perca nosso programa de rádio, o Estação Mulher, que vai ao ar todos os sábados, às 11 horas, pela rádio do Brazilian Times. A enfermeira e ativista político-comunitária, radicada em Nova York, Myriam Marques, vai falar sobre os acontecimentos da semana no Brasil, sempre com uma perspectiva feminina! Coloque já na sua agenda! Todo sábado, às 11 horas, no Facebook do Brazilian Times e do Grupo Mulher Brasileira.